Depois dos protestos no Irã contra o regime liderado pelo aiatolá Ali Khamenei, neste sábado, 11, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que seu governo está “acompanhando de perto” as manifestações e exaltou a “coragem” das manifestações dos iranianos.
“Para o corajoso e sofrido povo do Irã: estou ao seu lado desde o início da minha presidência, e minha administração continuará ao seu lado. Nós estamos acompanhando seus protestos de perto, e inspirados por sua coragem”, escreveu Trump, em tuítes em inglês e persa.
Em outra publicação, na sequência, o presidente americano diz que “o governo do Irã deve permitir que grupos de direitos humanos monitorem e reportem fatos nos protestos em andamento pelos iranianos. Não pode haver outro massacre de manifestantes pacíficos, nem um corte da internet. O mundo está assistindo”, completou Trump.
Os protestos ocorrem depois de o regime de Teerã admitir ter derrubado por engano o avião da Ukrania International Airlines que decolou do aeroporto da capital iraniana na quarta-feira, 8, rumo a Kiev, na Ucrânia, e caiu dois minutos depois, deixando 176 mortos.
A aeronave foi atingida por um míssil disparado pela Guarda Revolucionária do Irã poucas horas depois dos ataques iranianos a duas bases americanas no Iraque, lançados como retaliação à morte do general Qasem Soleimani, em 3 de janeiro, em um bombardeio por um drone dos EUA.
Os manifestantes se reuniram inicialmente em frente à Universidade de Tecnologia Amir Kabir para acender velas em homenagem aos mortos, entre eles muitos estudantes. Mas após o anúncio de que o disparo do míssil foi feito pelos sistemas de defesa aérea iranianos, o protesto ganhou contornos políticos.
Gritos pedindo pela renúncia e julgamento dos responsáveis ecoavam na capital iraniana. Mas era possível também ouvir manifestantes dizendo “morte ao ditador”, em alusão ao líder supremo do Irã, Ali Khamenei, além de pedidos de referendo no país.
Um grande esquema de segurança começou a ser montado em torno da universidade, assim como em outras áreas do centro de Teerã.
A Guarda Revolucionária do Irã assumiu a responsabilidade e explicou que o operador do sistema de defesa aérea confundiu o dispositivo com “um míssil de cruzeiro”, pois estava em alerta para um possível ataque dos EUA.