O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a dizer nesta quinta-feira que uma ação militar contra a Coreia do Norte é “certamente uma opção”. O republicano, contudo, afirmou que “preferiria não seguir essa via”.
“A Coreia do Norte está se comportando mal e isso tem que parar”, disse Trump. “A opção militar é certamente uma opção, é algo que poderia acontecer”, completou, durante uma coletiva de imprensa conjunta com o emir do Kuwait, Sabah al-Ahmad Al-Sabah.
Quando perguntado se este caminho é “inevitável” pelas contínuas provocações do regime de Kim Jong-un, que realizou numerosos lançamentos de mísseis e ameaçou as bases americanas na ilha de Guam, no Pacífico Ocidental, o governante americano respondeu que “nada é inevitável”.
Trump, no entanto, apontou que “preferiria não seguir essa via”, pois seria “um dia muito triste” para a Coreia do Norte, dado o poderio militar americano, mas ressaltou que anos de negociação fizeram pouco para controlar o país asiático.
Após o teste nuclear do último final semana, em que o regime de Kim Jong-un assegura ter detonado sua bomba atômica mais potente até o momento, Trump disse que cogita suspender o comércio com qualquer país que faça negócios com Pyongyang. Por sua parte, o secretário de Defesa, James Mattis, prometeu uma “grande resposta militar” perante “qualquer ameaça” da Coreia do Norte aos territórios do país, incluindo a ilha de Guam, ou a seus aliados.
Crise no Catar
Durante a coletiva desta quinta, o presidente americano se ofereceu para atuar como mediador na crise entre o Catar e várias nações árabes lideradas pela Arábia Saudita, se fracassarem os esforços atuais conduzidos pelo Kuwait para resolver o conflito.
A crise diplomática se desencadeou no início de maio quando Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito cortaram relações diplomáticas e aplicaram uma série de sanções econômicas contra o Catar, ao acusá-lo de financiar o terrorismo, alegação negada taxativamente pelo governo catariano. Trump disse que acredita que ele “pode ajudar” a intermediar entre Catar e Arábia Saudita e Emirados.
“Acredito que é algo que vai ser resolvido com bastante facilidade”, declarou Trump sobre a crise, ao avaliar a liderança do Kuwait como principal mediador. “Se não resolverem, eu serei um mediador aqui mesmo, na Casa Branca”, prometeu em seguida.
Com a ruptura de relações com o Catar no último dia 5 de junho, o quarteto árabe envolvido aplicou uma série de represálias econômicas, fechando suas fronteiras terrestres e marítimas e seu espaço aéreo.
(Com EFE e Estadão Conteúdo)