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Trump e Biden trocam acusações sobre violência em protestos antirracismo

Durante a última semana de manifestações nos Estados Unidos, três pessoas foram mortas a tiros

Por Da Redação
Atualizado em 31 ago 2020, 12h20 - Publicado em 31 ago 2020, 12h00
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  • A cidade de Portland, nos Estados Unidos, se transformou no epicentro dos protestos antirracismo no país. Após dias de manifestações que resultaram em ao menos três mortes, o presidente Donald Trump e seu rival democrata Joe Biden trocaram acusações sobre a causa da violência.

    O republicano culpa os democratas por incentivar os protestos e diz que se Biden for eleito a violência será corriqueira. Afirma ainda que polícia irá perder todo seu financiamento e poder. No domingo 30, Trump acusou tanto o ex-vice-presidente de Barack Obama quanto o prefeito democrata de Portland, Ted Wheeler, de serem incompetentes. “Isto não é o que nosso grande país quer. As pessoas querem segurança e não que a polícia perca o financiamento”.

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    Trump também acusa Wheeler de não deixar que a Guarda Nacional interfira nos protestos, apesar do presidente ter enviado as tropas para guardarem as fachadas de prédios federais.

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    O prefeito de Portland respondeu o presidente durante uma coletiva de imprensa. “Se pergunta, seriamente, senhor presidente, por que é a primeira vez em décadas que os Estados Unidos vivem este nível de violência?”, questionou Wheeler. “Você que criou o ódio e a divisão.” O prefeito ainda acusou o presidente de usar as cenas de vandalismo e violências nas manifestações como plataforma eleitoral para a reeleição.

    Biden também acusou o governo de Donald Trump de incitar a violência contra as minorias. “Você está seguro nos Estados Unidos de Donald Trump?”, diz campanha do democrata. O ex-vice-presidente deverá fazer um pronunciamento ainda nesta segunda-feira, 31, para responder as acusações de Trump.

    Protestos cada vez mais violentos

    Além da pandemia de Covid-19, os Estados Unidos vivem as maiores manifestações contra o racismo desde 1968, ano do assassinato de Martin Luther King. Tudo começou com a morte de George Floyd, que mesmo rendido foi fatalmente asfixiado por policiais brancos. A morte de Breonna Taylor, que foi atingida por oito tiros disparados por policias que invadiram seu apartamento em Louisville em março, também incentivou os atos.

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    Os protestos voltaram com força na semana passada após o afrodescendente Jacob Blake ser atingido à queima roupa com sete tiros disparados por um policial branco em Kenosha, no estado de Wisconsin. Blake foi alvejado pelas costas na frente de seus filhos pequenos enquanto caminhava para seu carro e pode ficar paraplégico.

    Durante as manifestações em Wisconsin, um adolescente branco de 17 anos matou duas pessoas e feriu outra na última semana. No sábado 29, um apoiador de Trump foi morto a tiros durante outra manifestação em Portland. Na mesma noite de sábado, uma caravana de apoiares do presidente entrou na cidade atirando balas de paintball e spray de pimenta contra os participantes do movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam, em português).

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