A Casa Branca confirmou hoje (28) o encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, no próximo dia 16 em campo neutro – Helsinki, na Finlândia. Esta primeira reunião privada entre os dois líderes se dará no momento crucial para as investigações sobre a influência de Moscou na eleição de Trump, em 2016.
Segundo o jornal Washington Post, o encontro terá, sobretudo, a finalidade de suavizar as tensões entre os dois países, acentuadas pela investigação em curso em Washington e também pela reação americana às agressões de Moscou à Ucrânia e outros países.
Por meio de comunicado, a Casa Branca limitou-se a informar que Trump e Putin “vão discutir as relações entre os Estados Unidos e a Rússia e um amplo leque de temas de segurança nacional”.
Mas há expectativa de que questões sensíveis, como o apoio de Moscou ao regime de Bashar Assad, na Síria, as negociações em curso entre Washington e Seul com Pyongyang, a interferência do Irã no Oriente Médio também estejam na pauta do encontro.
Trump não demorou para disparar a notícia por Twitter. “A Rússia continua a dizer que não se intrometeu nas nossas eleições. Onde está o servidor do Comitê Nacional Democrata, e por que o obscuro James Comey e os agora desgraçados agentes do FBI não o pega e o examina? Por que (a relação) Hillary-Rússia não está sendo olhada? Muitas questões, muita corrupção?”, postou o presidente americano, referindo-se ao ex-diretor do FBI, que publicou em livro evidências sobre a intromissão russa na vitória eleitoral do presidente, e a sua rival democrata, Hillary Clinton.
Na quarta-feira (27), segundo o Washington Post, o secretário de Estado, Mike Pompeo, disse aos senadores do Comitê de Relações Exteriores que Trump confrontaria Putin sobre as alegações de interferência da Rússia nas eleições de 2016. “Estou confiante que, quando o presidente se encontre com Vladimir Putin, ele deixará claro que a intromissão em nossas eleições é completamente inaceitável.”
Segundo o jornal Washington Post, o encontro terá, sobretudo, a finalidade de suavizar as tensões entre os dois países, acentuadas pela investigação em curso em Washington e também pela reação americana às agressões de Moscou à Ucrânia e outros países.
O encontro ocorrerá logo depois da participação de Trump na reunião de cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em Bruxelas nos dias 11 e 12 de julho, de sua visita à Inglaterra e de um uma final de semana na Escócia, onde o presidente americano descansará e jogará golfe em dois campos. Segundo o jornal The Guardian, Trump poderá jogar com profissionais ou com membros da família real.