O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a falar nesta quinta-feira sobre sua ideia de construir um muro na fronteira com o México, em resposta a declarações feitas na véspera por seu chefe de Gabinete, John Kelly.
“O muro é o muro, essa ideia nunca mudou desde o dia em que a concebi”, escreveu o presidente no Twitter, insistindo que o México pagará pela obra faraônica “direta ou indiretamente”, como prometeu em sua campanha eleitoral.
Trump publicou esta declaração um dia depois de seu chefe de Gabinete, o general John Kelly, dizer a legisladores que a visão do presidente havia “evoluído” desde a campanha eleitoral de 2016.
Testemunhas desta conversa disseram ao jornal The New York Times que Kelly falou aos legisladores hispânicos que durante a campanha eleitoral o então candidato Trump não estava “completamente informado”.
Essas versões sugerem que Kelly atribui a si a mudança de visão de Trump sobre a polêmica ideia de construir um muro na fronteira sul, e também teria dito que o México nunca pagaria por essa obra.
Nesta quinta-feira, no entanto, Trump deixou evidente a sua fúria e se distanciou das declarações de seu chefe de Gabinete.
“O muro será pago, direta ou indiretamente, ou mediante pagamentos de longo prazo, pelo México, que tem um ridículo superávit comercial com os Estados Unidos de 71 bilhões de dólares”, tuitou.
O monumental custo de cerca de 20 bilhões de dólares estimado para o muro representam “migalhas comparado com tudo que o México ganha em cima dos Estados Unidos”, advertiu o presidente.
Em um terceiro tuíte, Trump chegou a afirmar que o México “agora é considerado o país mais perigoso do mundo”.
O presidente utilizou esta estatística, cuja fonte não foi divulgada, para afirmar que “precisamos do muro para a segurança de nosso país”.
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