Trump, o ‘tuiteiro-em-chefe’, conta como usa o Twitter
Presidente-eleito dos Estados Unidos, famoso por comentários polêmicos, indica que dita seus posts e continuará com as mensagens após assumir o cargo
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, deu detalhes de como posta mensagens no Twitter e como pretende fazer uso da ferramenta quando assumir o cargo máximo do país. O magnata revelou, em entrevista publicada pela revista alemã Bild nesta segunda-feira, que dita as frases para alguém postá-las e que provavelmente vai manter o uso de sua conta pessoal, em vez de migrar para a conta oficial da Casa Branca.
Os tuítes de Trump, conhecido pelo seu temperamento imprevisível, têm frequentemente causado polêmicas e até mesmo queda de ações na bolsa de valores. “Eu sei como logar no Twitter, mas tem uma ou duas pessoas que tuítam para mim ao longo do dia. Eu só dito alguma coisa e eles escrevem”, disse Trump.
Em relação às contas, o presidente eleito citou o número de seguidores que tem nas redes social como fator que o faria continuar usando o @realDonaldTrump em vez da conta @POTUS (acrônimo para “president of the United States” — presidente dos Estados Unidos, em inglês), criada e usada por Obama desde maio de 2015. “Tenho 46 milhões de pessoas no momento, e isto é muito, incluindo Facebook, Twitter e Instagram. Quando penso nos meus 46 milhões, eu vou deixar isso crescer e apenas manter o @realDonaldTrump”, disse. A conta do magnata no Twitter tem 20 milhões de seguidores, enquanto a da Casa Branca, 13,5 milhões.
Sobre o uso do Twitter, Trump voltou a criticar a cobertura dos veículos de imprensa, que acusou de serem desonestos com ele. O presidente-eleito disse que gosta da ferramenta pois ela lhe dá destaque rápido e com suas próprias palavras. “É muito preciso, e acaba gerando manchetes, e isso é divertido. Se eu fizer um comunicado e divulgá-lo, não dá nem perto disso [da repercussão], as pessoas só verão no dia seguinte. Se eu convocar uma coletiva de imprensa, isso é muito trabalhoso.”, avaliou.
Trump falou sobre outros assuntos na mesma entrevista ao Bild, incluindo políticas em relação a migrantes, relações com a Rússia e ameaçando taxar com 35% em impostos os veículos de montadoras alemãs que exportarem a produção para os Estados Unidos a partir de fábricas em outros países. As ações de três companhias do país que fizeram investimentos em unidades no México caíram nesta segunda-feira.