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Trump questionou seu gabinete sobre possível invasão à Venezuela

Conversa aconteceu há vários meses, mas "nunca foi uma opção iminente", segundo revelou uma fonte à CNN

Por Da Redação
Atualizado em 4 jul 2018, 20h55 - Publicado em 4 jul 2018, 19h34

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, perguntou há vários meses ao seu gabinete sobre a possibilidade de invadir a Venezuela, alegando questões de segurança nacional, informou a imprensa americana nesta quarta-feira (4).

Embora não tenham sido revelados muitos detalhes desta conversa, sabe-se que Trump abordou o tema durante um encontro com o secretário de Estado, Rex Tillerson, e o assessor de segurança nacional da Casa Branca, H.R. McMaster, que já não fazem parte do Executivo.

De acordo com a emissora CNN, que cita fontes próximas ao presidente, Trump considerou a possibilidade de invasão em um dos momentos de maior tensão entre Washington e Caracas e usou questões de segurança nacional para defender esta medida.

Diante do questionamento, os assessores de Trump, inclusive H.R. McMaster, se posicionaram completamente contrários à invasão, advertindo que a ação poderia levar a retaliações venezuelanas. Além disso, afirmaram que os aliados americanos na América do Sul também condenariam a medida, já que se opõem a qualquer tipo de solução violenta para a crise no país, segundo a CNN.

Em todo caso, a possível invasão do país latino-americano “nunca foi uma opção iminente”, segundo a fonte da CNN.

Em agosto do ano passado, o presidente americano disse publicamente que não descartava uma “opção militar” para resolver a “muito perigosa confusão” que acontecia na Venezuela, imersa então em uma onda de protestos antigoverno que deixou mais de 120 mortos.

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Apenas um dia depois destas declarações, Nicolás Maduro Guerra, filho do governante venezuelano, Nicolás Maduro, advertiu Trump que o país caribenho responderia com “fuzis em Nova York” e tomaria a Casa Branca no caso de uma invasão militar americana.

A relação entre os Estados Unidos e a Venezuela se encontra especialmente abalada desde que Trump assumiu a Presidência em janeiro de 2017.

Fruto desta tensa relação, nos últimos meses, a Casa Branca aplicou várias sanções contra funcionários e empresas venezuelanas e, inclusive, chegou a promover uma resolução para iniciar o processo destinado a suspender a Venezuela da Organização dos Estados Americanos (OEA).

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(Com EFE)

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