O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou nesta quarta-feira em seu Twitter três vídeos anti-islâmicos postados originalmente pela vice-líder de um grupo britânico de extrema direita.
Jayda Fransen, líder do grupo anti-imigração “Reino Unido Primeiro” (Britain First, em inglês), publicou os vídeos nesta quarta-feira dizendo que eles mostram um grupo de pessoas que são muçulmanas espancando um adolescente até a morte, agredindo com bengala um menino e destruindo uma estátua da Virgem Maria.
A veracidade dos vídeos não foi confirmada. A própria Jayda disse que eles vieram de várias fontes on-line e que foram postadas em suas páginas de mídia social.
Jayda Fransen, assim como o chefe do grupo, foi detida em setembro e acusada de assédio religioso devido à distribuição de panfletos e à publicação de vídeos na internet durante o julgamento de um caso envolvendo vários homens muçulmanos acusados, e mais tarde, condenados por estupro.
“O próprio Donald Trump retuítou esses vídeos e tem cerca de 44 milhões de seguidores! Deus te abençoe, Trump!”, escreveu a conta da Reino Unido Primeiro em uma postagem.
“Estou encantada”, disse à Reuters Jayda Fransen. “A importante mensagem aqui é que Donald Trump tomou ciência da perseguição e dos processos contra uma liderança política no Reino Unido por conta do que a polícia afirma ser um discurso anti-islâmico”.
Quando candidato, Trump pediu um veto à entrada de muçulmanos nos EUA e, já como presidente, emitiu decretos proibindo a entrada no país de cidadãos de várias nações de maioria islâmica — parte dessas medidas foi, no entanto, bloqueada por tribunais americanos.