Trump reforça respeito a Putin e vice sugere fim de sanções
Mike Pence afirma que sanções impostas à Rússia podem cair se governo do país cooperar com os EUA na luta contra o Estado Islâmico
A relação entre Rússia e Estados Unidos deve ser mais amigável e próxima durante o governo de Donald Trump. O presidente dos Estados Unidos reiterou neste domingo que “respeita” o seu homólogo russo, Vladimir Putin, e convidou os que o qualificam de “assassino” a moderar essa opinião. “Eu o respeito, bem, eu respeito muita gente, mas isso não significa que vou me dar bem com eles”, disse Trump em uma entrevista que será transmitida no domingo pela Fox News antes do popular Super Bowl.
“Mas é melhor se entender com a Rússia do que o contrário. E se a Rússia nos ajuda a combater o EI (grupo extremista Estado Islâmico) e o terrorismo islâmico ao redor do mundo, isso é uma coisa boa”, acrescentou. Quando questionado sobre os supostos vínculos de Putin com a morte extrajudicial de jornalistas e dissidentes, Trump convidou os americanos a um exame de consciência. “Há muitos assassinos, temos muitos assassinos. Você acha que o nosso país é tão inocente?”, disse Trump.
Esta declaração gerou uma onda de críticas ao presidente americano nas redes sociais, na imprensa e no próprio partido Republicano.
Mike Pence – Enquanto isso, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, sugeriu hoje que seu país pode suspender as sanções impostas à Rússia nos próximos meses, caso o presidente russo, Vladimir Putin, coopere com o governo americano na luta contra o Estado Islâmico. Pence foi entrevistado por George Stephanopoulos, do canal ABC, que perguntou se os EUA manteriam as sanções se Moscou continuasse a violar o cessar-fogo com a Ucrânia.
“Eu acho que essa questão será respondida nos próximos meses. Tudo depende”, disse Pence, acrescentando que era preciso observar mudanças na postura do Kremlin e a oportunidade de um trabalho conjunto, de comum interesse, “incluindo a luta contra o Estado Islâmico e outros terroristas.
“O presidente está procurando por uma oportunidade para recomeçar essa relação. Mas não se engane, essas ações vão depender de como os russos responderão nos próximos dias”, disse o vice.
(Com agências France-Presse e Estadão Conteúdo)