A Casa Branca anunciou nesta terça-feira, 27, que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reunirá com os líderes de Argentina, Alemanha, China, Coreia do Sul, Índia, Japão, Rússia e Turquia durante a reunião de cúpula do G20, as maiores economias do mundo. O encontro se dará nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro em Buenos Aires, na Argentina.
O presidente da França, Emmanuel Macron, não figura na lista. Trump criticou o líder francês por defender a criação de uma organização militar exclusivamente europeia e, em visita a Paris para a celebração dos 100 anos do fim da I Guerra Mundial, fez várias desfeitas a Macron.
“O presidente terá reuniões bilaterais com os presidentes da Argentina (Mauricio Macri), da Rússia (Vladimir Putin), da China (Xi Jinping), com o primeiro-ministro do Japão (Shinzo Abe) e com a chanceler alemã (Angela) Merkel”, confirmou a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.
Pouco depois, John Bolton, assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, informou que Trump também terá reuniões com os presidentes da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.
Os Estados Unidos de Trump estão em plena guerra comercial com a China, em crescente antagonismo com a Rússia e entre farpas com a Alemanha. Os únicos países dessa lista com os quais Trump tem mantido uma relação mais harmoniosa são o Japão e a Argentina, anfitriã do encontro do G20. Macri deve a Trump o apoio americano ao acordo de 57,1 bilhões de dólares do Fundo Monetário Internacional (FMI) à Argentina.
Bolton informou que o encontro com Abe primeiro será apenas entre os dois líderes, sem a presença de colaboradores. Em uma segunda parte, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, se unirá à conversa entre o presidente americano e o premiê japonês.
Está previsto que os Estados Unidos, o México e o Canadá assinem, em Buenos Aires, o acordo resultante da revisão do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta). Mas ainda não há confirmação da Casa Branca de que Trump estará presente no evento.
Apesar de Trump ter afirmado na semana passada que se reuniria com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, Bolton afirmou que o encontro não ocorrerá por “motivos de agenda”. A Casa Branca tem sido criticada por ter abrandado sua reação a Riad, depois de confirmada a autoria do assassinato e desaparecimento do corpo do jornalista saudita Jamal Khashoggi, no início de outubro no consulado da Arábia em Istambul, na Turquia. Khashoggi vivia como exilado nos Estados Unidos.
(Com EFE)