Trump sugere a Xi uma reunião para debater sobre Hong Kong
O governo americano expressou uma "profunda preocupação" com a suposta presença de movimentos paramilitares chineses ao longo da fronteira com a cidade
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu, nesta quarta-feira 14, ao presidente da China, Xi Jinping, uma reunião para falar sobre Hong Kong, onde os protestos contra o governo já ocorrem há semanas.
“Conheço o presidente Xi, da China, muito bem. É um grande líder que tem um grande respeito do seu povo. Também é um bom homem nos assuntos ‘difíceis’. Não tenho nenhuma dúvida de que se o presidente Xi quer resolver o problema de Hong Kong rápida e humanamente, pode fazê-lo. Uma reunião pessoal?”, disse Trump no Twitter.
O governo americano expressou nesta quarta-feira uma “profunda preocupação” com a suposta presença de movimentos paramilitares chineses ao longo da fronteira de Hong Kong.
Em comunicado, a diplomacia americana também condenou a violência ocorrida nos últimos dias e pediu moderação “a todas as partes”, mas deixou claro que apoia a liberdade de expressão e de reunião pacífica em Hong Kong.
Trump também aproveitou a ocasião para mencionar a guerra comercial com a China, aparentemente pedindo a Xi que resolva a crise com a ex-colônia britânica antes de negociar com os EUA.
“A China está perdendo milhões de empregos para outros países sem tarifas. Milhares de empresas estão saindo. É claro que a China quer chegar a um acordo. Deixemos que primeiro resolvam com Hong Kong humanamente!”, declarou.
As manifestações em Hong Kong começaram no início de junho, contra um polêmico projeto de lei de extradição que poderia permitir que o governo de Pequim tivesse acesso a “fugitivos” refugiados na cidade.
No entanto, embora o governo de Hong Kong tenha suspendido a tramitação do polêmico texto, os protestos derivaram para reivindicações mais amplas sobre os mecanismos democráticos da cidade, cuja soberania foi retomada pela China em 1997 com o compromisso de manter até 2047 as estruturas estabelecidas pelo Reino Unido.
(Com EFE)