Uma mulher que ficou presa sob os escombros por 175 horas na província de Hatay, na Turquia, foi resgatada nesta segunda-feira, 13, uma semana após o forte terremoto no país.
Imagens divulgadas pelo município de Istambul mostraram a mulher, identificada como Naide Umay, sendo levantada em uma maca. A equipe de resgate incluiu funcionários do corpo de bombeiros de Istambul e mineiros turcos, que estão entre os milhares de trabalhadores que ajudam nas operações de busca e resgate.
#TurkiyeQuakes: In yet another miraculous rescue, Naide Umay was saved after surviving under rubble for 175 hours in Hatay pic.twitter.com/N6txBf3cxV
— TRT World Now (@TRTWorldNow) February 13, 2023
Equipes ainda estão trabalhando para salvar as vítimas que podem estar vivas sob os escombros, embora autoridades tenham alertado que as chances de encontrar sobreviventes estão se tornando cada vez menores.
O número de mortos na Turquia e na Síria após o catastrófico terremoto de segunda-feira 6 atingiu pelo menos 36.217. Dessas pessoas, 31.643 estavam em território turco, informou o Centro Turco de Coordenação de Emergências SAKOM, enquanto o número de mortos confirmados na Síria é de 4.574. Esse dado inclui mais de 3.160 óbitos em províncias controladas por rebeldes no noroeste da Síria e 1.414 em partes controladas pelo governo.
Também nesta segunda-feira, autoridades turcas fizeram uma série de detenções de funcionários do setor imobiliário, acusados de “negligência” devido ao desabamento de edifícios.
Pelo menos 134 pessoas estão sendo investigadas em relação a construções destruídas durante o terremoto, disse o ministro da Justiça turco, Bekir Bozdag, no domingo.
“Três desses suspeitos foram presos aguardando julgamento, sete deles sob custódia, sete proibidos de viajar”, disse Bozdag. “Negligência detectada, faremos o que a lei exigir”.
Mas enquanto o governo reprime os desenvolvedores, a população continua crítica às autoridades. A Turquia não é estranha a terremotos e muitos acham que o Estado falhou em se preparar para outro evento catastrófico.
No entanto, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan defendeu a resposta de seu governo, admitindo “falhas”, mas enfatizando que “não é possível estar preparado para tal desastre”.