Após revisar sua política sobre discurso de ódio, o Twitter suspendeu a conta do movimento “Britain First” (“Reino Unido em primeiro lugar”, em tradução livre), assim como as de seus líderes, Paul Golding e Jayda Frensen. Os posts das três contas não estão mais no ar.
No fim de novembro, o movimento ganhou a atenção da comunidade internacional quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retuitou três vídeos publicados por Frensen.
As imagens mostravam um grupo espancando um adolescente até a morte, agredindo um menino com uma bengala e destruindo uma estátua da Virgem Maria. Segundo Frensen, os agressores eram muçulmanos.
À época, o governo da primeira-ministra Theresa May negociava com a Casa Branca a realização de uma visita oficial do presidente Trump — o que já tinha atraído críticas da oposição. Após a publicação dos vídeos por Trump, May admitiu que tinha sido “errado o presidente fazer isso”.
Segundo a BBC, o Twitter anunciou em outubro que tinha planos de adotar uma postura mais energética contra símbolos de ódio e contas que publicassem mensagens que glorificassem atos violentos. A empresa informou que suspenderia usuários que tivessem filiação com grupos que incentivam ou usam violência para promover seus objetivos.
Símbolos considerados odiosos, como a suástica nazista, ainda podem ser postados, mas ficarão escondidos atrás de um alerta de “conteúdo sensível”. Porém, as imagens não serão mais permitidas na página de perfil dos usuários, que deverão removê-las.
Usuários que reincidirem na publicação de imagens proibidas serão banidos.
O Twitter afirmou que a nova política busca “reduzir comportamentos abusivos e atos de ódio” na rede social.