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Ucrânia acusa Rússia de atacar equipes de resgate em nova chuva de mísseis

Segundo ucranianos, Moscou adotou prática de ataques duplos, com intervalos de cerca de 40 minutos, para atingir socorristas que trabalhavam em escombros

Por Da Redação 8 ago 2023, 11h19
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  • Rescuers carry a wounded person from a damaged residential building following Russian missiles strikes in Pokrovsk, Donetsk region, amid Russian invasion of Ukraine. (Photo by Anatolii STEPANOV / AFP)
    Equipes de resgate carregam uma pessoa ferida de um prédio residencial danificado após ataques de mísseis russos em Pokrovsk, região de Donetsk, em meio à invasão russa da Ucrânia. 07/08/2023 - (Anatolii Stepanov/AFP)

    Autoridades ucranianas acusaram a Rússia de atacar equipes de resgate nesta terça-feira, 8. A declaração acontece depois que o número de mortos em dois ataques com mísseis russos que atingiram prédios residenciais subiu para sete.

    De acordo com o governador de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, os mortos confirmados nos ataques da noite da última segunda-feira, 7, na cidade de Pokrovsk eram cinco civis, um socorrista e um soldado. Outras dezenas de pessoas ficaram feridas, a maioria policiais, equipes de emergência e soldados que correram para o local para ajudar os moradores.

    Os mísseis russos atingiram o centro de Pokrovsk, que fica na região leste de Donetsk, parcialmente ocupada pela Rússia. Equipes de emergência ainda estavam removendo escombros no local nesta terça-feira. Os dois mísseis Iskander, que possuem um sistema avançado de orientação que aumenta sua precisão, atingiram o lugar com 40 minutos de intervalo.

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    Desde o início da guerra, a Rússia teve como alvo o mesmo local que atingiu cerca de 30 minutos antes, muitas vezes atingindo trabalhadores de emergência que estavam no local. É uma tática, chamada de “toque duplo” no jargão militar, que os russos também usaram na guerra civil da Síria.

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    “Todos (os policiais) estavam lá porque eram necessários, colocando seus esforços para resgatar as pessoas após o primeiro ataque”, disse Ivan Vyhivskyi, chefe da Polícia Nacional da Ucrânia. “Eles sabiam que sob os escombros estavam os feridos – eles precisavam reagir, cavar, recuperar, salvar. E o inimigo atacou deliberadamente pela segunda vez.”

    Entre os feridos estava Volodymyr Nikulin, um policial originário da cidade portuária de Mariupol, agora ocupada pelos russos. Chegando ao local após o primeiro ataque com míssil, Nikulin foi ferido no segundo ataque quando estilhaços de míssil perfuraram seu pulmão e mão esquerda.

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    “Hoje não é meu dia feliz porque criminosos russos cometeram outro crime terrível em Pokrovsk”, disse Nikulin à Associated Press. “Olha, esses são heróis ucranianos que ajudaram pessoas (feridas)”, acrescentou apontando para demais membros da equipe de resgate feridos em uma enfermaria.

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    Kyrylenko, o governador regional, disse que 12 prédios de vários andares foram danificados em Pokrovsk, assim como um hotel, uma farmácia, duas lojas e dois cafés. O chefe da administração da cidade de Pokrovsk, Serhii Dobriak, descreveu os ataques a Pokrovsk como “um cenário típico da Rússia: 30 a 40 minutos entre os mísseis”.

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    “Quando as equipes de resgate vêm para salvar a vida das pessoas, outro foguete chega. E o número de vítimas aumenta”, disse Dobriak.

    Mísseis, drones e artilharia russos atingiram repetidamente áreas civis durante a guerra. O Kremlin diz que suas forças visam apenas ativos militares e afirma que outros danos são causados por detritos de armas de defesa aérea ucranianas.

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    Enquanto isso, segundo o governador Oleh Syniehubov, um ataque noturno na cidade de Kruhliakivka, na região nordeste de Kharkiv, matou três pessoas e feriu outras nove. A Rússia também lançou quatro bombas guiadas em um vilarejo perto de Kupiansk, na mesma área, matando dois civis. Mais tarde, as equipes de resgate foram atacadas e dois deles ficaram feridos.

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