A Ucrânia realizou um grande ataque com drones contra a região de Moscou na manhã desta terça-feira (10). Trata-se da maior operação do tipo desde o início da invasão da Rússia à Ucrânia, em 2022.
No total, o ministério da Defesa russo diz ter interceptado e destruído 144 drones ucranianos em nove regiões russas,.
A maior das aeronaves foram interceptadas na cidade de Bryansk (72), seguida de Moscovo (20) e de Kursk (14).
Segundo as autoridades russas, os drones atingiram dois edifícios residenciais e provocaram incêndios na cidade de Ramenskoye, nos arredores de Moscou.
O governador da região de Moscou, Andrei Vorobyov, divulgou que uma mulher morreu e três pessoas ficaram feridas. Cinco outros edifícios precisaram ser esvaziados.
Os três aeroportos em operação na cidade tiveram de ser fechados por seis horas, e ao menos 50 voos acabaram de ser desviados para terminais aéreos fora dos limites de Moscou.
O Kremlin afirma que destruiu pelo menos 20 drones enquanto sobrevoavam a região de Moscou, que concentra 21 milhões de habitantes em sua região metropolitana.
Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov afirmou a jornalistas que o ataque “representa um lembrete da natureza real da liderança política da Ucrânia”.
“Ataques noturnos em bairros residenciais não podem ser associados a ações militares”, disse Peskov.
A ofensiva acontece em meio ao avanço russo no leste da Ucrânia, uma operação que teve início em agosto e colaborou para o recrudescimento do conflito.
Como consequência, Kiev vem apostando em levar os combates para dentro do território russo, afetando principalmente a região de Kursk, no oeste da Rússia.
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