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Ucrânia consegue exportar grãos pela primeira vez desde invasão da Rússia

O navio Razoni, com bandeira de Serra Leoa, está levando 26.000 toneladas de milho para o Líbano, movimento permitido por acordo entre Moscou e Kiev

Por Da Redação
Atualizado em 1 ago 2022, 15h48 - Publicado em 1 ago 2022, 08h54
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  • This handout picture taken and released by the Turkish Defence ministery press office on August 1, 2022, shows the Sierra Leone-flagged dry cargo ship Razoni, carrying a cargo of 26,000 tonnes of corn, departing from the Black Sea port of Odesa, amid Russia's military invasion launched on Ukraine. - The first shipment of Ukrainian grain left the port of Odessa on August 1 under the under the Black Sea Grain Initiative deal signed in Istanbul, on 22 July, aimed at relieving a global food crisis following Russia's invasion of its neighbour, the Turkish defence ministry said. (Photo by Turkish Defence Ministry / TURKISH DEFENCE MINISTRY / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO / TURKISH DEFENCE MINISTERY PRESS OFFICE" - NO MARKETING - NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS
    O primeiro carregamento de grãos ucranianos deixou o porto de Odessa pela Iniciativa de Grãos do Mar Negro, com o objetivo de aliviar a crise alimentar global inflamada pela guerra da Ucrânia - 01/08/2022 (Turkish Defense Ministry Press Office/AFP)

    O Ministério da Infraestrutura da Ucrânia informou que um navio carregado com grãos ucranianos saiu do porto de Odessa nesta segunda-feira, 1, marcando a primeira vez desde o início da invasão russa que o país consegue exportar alimentos.

    O navio Razoni, com bandeira de Serra Leoa, está levando 26.000 toneladas de milho para o Líbano. A conquista ocorre após semanas de negociações entre a Ucrânia e a Rússia, lideradas pela Turquia e pelas Nações Unidas – que vai monitorar a navegação.

    A Rússia bloqueia os portos da Ucrânia desde o início da guerra, alimentando uma escassez de grãos que levou as Nações Unidas a alertarem sobre uma crise alimentar mundial. Segundo Oleksandr Kubrakov, ministro da infraestrutura ucraniano, “a Ucrânia, juntamente com nossos parceiros, deu mais um passo hoje na prevenção da fome no mundo”.

    Kubrakov disse também que o fim do bloqueio russo daria à economia ucraniana US$ 1 bilhão em receita cambial e que as autoridades planejam que os portos recuperem a capacidade total de transporte nas próximas semanas.

    O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlüt Çavuşoğlu, disse que esperava que as exportações da Ucrânia continuassem sem interrupções e problemas.

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    “Faremos o que for necessário para isso. Esperamos que o acordo leve a um cessar-fogo e a uma paz duradoura”, disse.

    Enquanto isso, o mundo está observando para ver se a Rússia vai cumprir sua parte do acordo. No texto assinado em 22 de julho em Istambul, a Rússia concordou em permitir que navios de grãos deixassem a Ucrânia sem ameaças às embarcações ou aos portos ucranianos durante o trânsito dos carregamentos. Só que, menos de 24 horas depois, forças russas atacaram o porto de Odessa.

    Depois disso, Moscou divulgou um comunicado dizendo que havia atingido um navio ucraniano que transportava armas ocidentais, explicação que Kiev rejeita. O Kremlin disse que a notícia da partida do navio foi “muito positiva”, reportou a agência de notícias Reuters.

    Recep Tayyip Erdogan, o presidente turco, disse que queria evitar “qualquer ação que vá contra o espírito do acordo”, acrescentando que quebrar o combinado seria “desvantajoso para todos nós”.

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    + Rússia usa crise alimentar como ‘arma de guerra’, diz União Europeia

    No entanto, os Estados Unidos afirmaram que a Rússia minou sua credibilidade com o ataque ao porto de Odessa, então criaria um plano B para exportar mais grãos da Ucrânia por via fluvial e ferroviária – desde a invasão russa, Kiev conseguiu exportar cerca de 4 milhões de toneladas de grãos através do rio Danúbio e suas ferrovias, cerca de metade dos níveis pré-guerra.

    A Ucrânia é um dos maiores produtores de grãos do mundo e cerca de 20 milhões de toneladas de grãos estão atualmente presos no país, esperando para serem exportados. O cerceamento do produto provocou escassez mundial e aumentos de preços, o que levou alguns países que dependem da importação de grãos, principalmente no Oriente Médio e na África, à fome.

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