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UE anuncia meta de redução de 90% das emissões de carbono e desagrada ambientalistas

Objetivo, que leva em consideração os níveis de poluição de 1990, é um dos passos para a descarbonização da economia do bloco europeu até 2050

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 jul 2025, 13h54

A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), anunciou nesta quarta-feira, 2, que o bloco europeu deve reduzir as emissões de carbono em 90% até 2040. A divulgação da nova meta ocorre enquanto a Europa é assolada por uma onda de calor, resultado de um sistema de de alta pressão, que empurra um ar quente para baixo. Trata-se de uma consequência da confusão atmosférica provocada pelas mudanças climáticas.

O objetivo, que leva em consideração os níveis de poluição de 1990, é um dos passos para a descarbonização da economia da UE até 2050. O compromisso, no entanto, precisa ser acordado com os Estados-membros e aprovado pelo Parlamento Europeu. Além disso, o bloco precisa apresentar um plano inédito de ação climática antes da Cop30, que será realizada em Belém, no Pará, entre 10 e 21 de novembro.

A meta, no entanto, desagradou tanto ambientalistas quanto industrialistas. Os grupos climáticos alegam permite contabilizar créditos de carbono adquiridos no exterior, além de autorizar o uso de remoções de carbono nacionais por meio do sistema de comércio de emissões da UE. Eles afirmam, ainda, que o plano não é ambicioso  o suficiente para reverter os prejuízos causados pela UE, um dos maiores emissores históricos de gases de efeito estufa do mundo.

“A Comissão Europeia tentará apresentar isso como um avanço ambicioso, mas a realidade é que estamos rapidamente ficando sem espaço para alcançar o acordo de Paris”, disse Colin Roche, coordenador de justiça climática e energia da organização Friends of the Earth Europe. “Esta meta não está em consonância nem com a ciência climática nem com a justiça climática.”

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Thomas Gelin, ativista do Greenpeace UE, também criticou o anúncio do bloco europeu. Ele afirmou que “as metas climáticas da UE para 2040 devem impulsionar uma mudança no foco dos combustíveis fósseis”, partindo da “proibição de novos projetos de combustíveis fósseis, em direção às energias renováveis ​​e à economia de energia, a fim de reduzir as contas de energia das pessoas, tornar suas casas mais fáceis de aquecer e resfriar e limpar o ar que respiram”.

“Em vez disso, a Comissão Europeia se baseia em contabilidade fraudulenta e na lavagem de carbono offshore para fingir atingir o limite inferior do que seus cientistas climáticos recomendam”, acusou Gelin.

A Federação Europeia de Consumidores Industriais de Energia (IFIEC), por sua vez, apoiou a meta de neutralidade climática até 2050, mas considerou a meta proposta de 90% para uma década antes uma aceleração “desproporcional e irrealista” da proposta. O presidente da IFIEC, Hans Grünfeld, alegou também que uma “redução excessivamente acentuada” pode “acelerar a desindustrialização na Europa e importar massivamente emissões de CO2”.

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