Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

UE defenderá Indo-Pacífico por medo da China ‘seguir exemplo da Rússia’

Alerta foi disparado após China assinar acordo militar com Ilhas Salomão, podendo agir como a Rússia na Ucrânia e cercar países da região com suas forças

Por Da Redação
18 Maio 2022, 12h28

A União Europeia decidiu intensificar sua estratégia de defesa no Indo-Pacífico à luz dos temores sobre a crescente influência da China na região. Autoridades europeias levantaram a possibilidade do país oriental seguir o exemplo da Rússia e comprometer a estabilidade de nações independentes na Oceania.

O enviado especial no Indo-Pacífico, Gabriele Visentin, disse ao jornal The Guardian que não há evidências que uma guerra seja iminente na região – que cobre uma vasta extensão do globo da costa leste da África até os países insulares do Pacífico –, mas que está preocupado com a potencial quebra de regras internacionais por parte da China. 

“Nosso lema é cooperar sempre que possível, mas defender sempre que necessário também”, disse Visentin. Justificando o aumento da presença da organização europeia na área, ele explicou que a estratégia não é uma intimidação dirigida a um país específico, mas uma forma de aumentar a credibilidade da União Europeia em termos de defesa de seus interesses.

Um alerta foi disparado após a China ter assinado um acordo com as Ilhas Salomão em abril, que incluía assistência militar, e alimentou temores de que o país governado por Xi Jinping aproveitaria a oportunidade levar seus navios de guerra ao Pacífico – a menos de 2.000 km da costa australiana.

+ China faz acordo com Ilhas Salomão e amplia presença militar no Pacífico

Continua após a publicidade

Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos expressaram preocupação com a situação de segurança na região do Pacífico. O principal receio era de que a China seguisse o exemplo da Rússia, que posicionou suas tropas ao longo da fronteira com a Ucrânia antes da invasão no final de fevereiro.

Referindo-se aos impactos causados pela guerra em curso, Visentin sugeriu que pode surgir um conflito semelhante na região do Pacífico, dizendo que a China é vista como “parceira, concorrente e rival” pelos países europeus.

Respondendo às especulações, o primeiro-ministro das Ilhas Salomão, Manasseh Sogavare, argumentou que o novo tratado “não prejudicaria a paz e a harmonia” na área. O líder do país acrescentou que o acordo não tem como alvo os seus aliados tradicionais, mas sim “nossa própria situação de segurança interna”.

Apesar disso, Sujiro Seam, embaixador da União Europeia para o Pacífico e Ilhas Salomão, afirmou que o acordo aponta para a necessidade do bloco intensificar sua presença na região. 

Continua após a publicidade

A guerra na Ucrânia suscitou novas iniciativas da União Europeia para fortalecer suas políticas de segurança e defesa. Em março, foi lançado o plano “A Bússola Estratégica”, que estabelece um roteiro para melhorar a capacidade de ação em crises e defender a sua segurança e dos seus cidadãos.

“A guerra na Ucrânia é um momento histórico que contribui para a afirmação da ambição europeia em matéria de segurança e defesa”, afirmou Seam.

Autoridades informaram que o plano de segurança mais intensivo envolveria treinamento militar e exercícios em terra e no mar, aumento da inteligência e circulação de navios da União Europeia por zonas com interesse marítimo no Pacífico. No entanto, o projeto não incluiria o estabelecimento de bases militares nem o envio de soldados, exceto num contexto de crise. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.