Líderes da União Europeia, que atendem a uma cúpula em Bruxelas nesta segunda-feira, 30, disseram que ainda estão longe de chegar a um acordo sobre a proibição do petróleo russo. Ainda há esperança que o grupo chegue a um consenso, apenas de semanas inconclusivas de negociações.
Um rascunho do texto que embargaria as importações de petróleo da Rússia determina que, em princípio, os líderes devem concordar com a proibição, mas os detalhes e decisões difíceis vão ficar para mais tarde.
“Ainda não chegamos lá”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. A primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, disse que é mais realista esperar um resultado concreto em um mês.
“Não acho que chegaremos a um acordo hoje. Tentaremos chegar a um acordo na cúpula em junho, esta é a abordagem realista agora”, disse Kallas. A próxima cúpula está marcada para os dias 23 e 24 de junho.
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Alguns reclamaram duramente sobre a falta de acordo.
“Estamos ficando um pouco atolados em todos os detalhes e estamos esquecendo o quadro geral”, disse o primeiro-ministro letão Krisjanis Karins. “É apenas dinheiro, os ucranianos estão pagando com suas vidas”, acrescentou.
Karins afirmou que é preciso apoiar a Ucrânia porque “somente quando a Rússia for derrotada poderemos nos sentir seguros na Europa”.
Um rascunho de texto visto pela Reuters inclui a proibição de importações de petróleo por via marítima. O produto que viaja via oleoduto e é fornecido à Hungria, Eslováquia e República Tcheca seria sancionado posteriormente.
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Se um acordo final está, por enquanto, fora de questão, a cúpula da União Europeia vai tentar encontrar uma solução que assegure uma concorrência justa entre os países que ainda recebem petróleo russo e os que foram cortados.
A Hungria é a principal resistência a um embargo do petróleo russo. Seu primeiro-ministro, Viktor Orban, disse estar pronto para apoiar o pacote de sanções “se existirem soluções para a segurança do fornecimento de energia húngaro. E não temos isso agora.”
Um dos possíveis resultados tangíveis da cúpula é um acordo sobre um pacote de empréstimos da União Europeia no valor de US$ 9,7 bilhões para a Ucrânia manter seu governo funcionando e pagar salários de funcionários públicos por cerca de dois meses. No entanto, a decisão sobre como arrecadar o dinheiro será tomada mais tarde.