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UE não consegue chegar a consenso sobre proibição de petróleo russo

Em cúpula, líderes da União Europeia dizem que um embargo ao fornecimento de energia só deve ser possível em cerca de um mês

Por Da Redação
30 Maio 2022, 12h26
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  • Líderes da União Europeia, que atendem a uma cúpula em Bruxelas nesta segunda-feira, 30, disseram que ainda estão longe de chegar a um acordo sobre a proibição do petróleo russo. Ainda há esperança que o grupo chegue a um consenso, apenas de semanas inconclusivas de negociações.

    Um rascunho do texto que embargaria as importações de petróleo da Rússia determina que, em princípio, os líderes devem concordar com a proibição, mas os detalhes e decisões difíceis vão ficar para mais tarde.

    “Ainda não chegamos lá”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. A primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, disse que é mais realista esperar um resultado concreto em um mês.

    “Não acho que chegaremos a um acordo hoje. Tentaremos chegar a um acordo na cúpula em junho, esta é a abordagem realista agora”, disse Kallas. A próxima cúpula está marcada para os dias 23 e 24 de junho.

    + União Europeia faz plano ‘massivo’ de energia verde para evitar gás russo

    Alguns reclamaram duramente sobre a falta de acordo.

    “Estamos ficando um pouco atolados em todos os detalhes e estamos esquecendo o quadro geral”, disse o primeiro-ministro letão Krisjanis Karins. “É apenas dinheiro, os ucranianos estão pagando com suas vidas”, acrescentou.

    Karins afirmou que é preciso apoiar a Ucrânia porque “somente quando a Rússia for derrotada poderemos nos sentir seguros na Europa”.

    Um rascunho de texto visto pela Reuters inclui a proibição de importações de petróleo por via marítima. O produto que viaja via oleoduto e é fornecido à Hungria, Eslováquia e República Tcheca seria sancionado posteriormente.

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    + Lentidão para proibir petróleo russo enfraquece UE e ajuda Putin

    Se um acordo final está, por enquanto, fora de questão, a cúpula da União Europeia vai tentar encontrar uma solução que assegure uma concorrência justa entre os países que ainda recebem petróleo russo e os que foram cortados.

    A Hungria é a principal resistência a um embargo do petróleo russo. Seu primeiro-ministro, Viktor Orban, disse estar pronto para apoiar o pacote de sanções “se existirem soluções para a segurança do fornecimento de energia húngaro. E não temos isso agora.”

    Um dos possíveis resultados tangíveis da cúpula é um acordo sobre um pacote de empréstimos da União Europeia no valor de US$ 9,7 bilhões para a Ucrânia manter seu governo funcionando e pagar salários de funcionários públicos por cerca de dois meses. No entanto, a decisão sobre como arrecadar o dinheiro será tomada mais tarde.

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