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Vacina contra Covid-19 será obrigatória e gratuita na Austrália

Na terça-feira, premiê Scott Morrison já havia anunciado um acordo para obter a potencial vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford

Por Da Redação Atualizado em 19 ago 2020, 12h48 - Publicado em 19 ago 2020, 12h35
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  • O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, afirmou nesta quarta-feira, 19, que a vacina contra a Covid-19 será obrigatória em todo o país, com poucas exceções médicas. O imunizante será distribuído gratuitamente à população. 

    Na terça-feira, Morrison havia anunciado um acordo para obter a potencial vacina desenvolvida pelo grupo farmacêutico sueco-britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido. Apesar da parceria, um acordo final ainda precisa ser assinado para estipular um fabricante local  e o preço do imunizante. 

    “Sempre há exceções à vacina, por razões médicas, mas deve ser a única”, declarou Morrison à rádio 3AW, de Melbourne. Segundo ele, a vacinação “será obrigatória, na medida do que pode ser obrigatório”.

    Antecipando possíveis movimentos antivacina, o premiê destacou que há muitas coisas em jogo para permitir que a doença continue em propagação.

    “Estamos falando de uma pandemia que destruiu a economia mundial e provocou centenas de milhares de mortes em todo o mundo”, disse.

    O governo australiano calcula que, para erradicar o vírus, 95% da população deve ser imunizada.

    “Temos que dar a resposta mais ampla possível para que a Austrália recupere a normalidade”, afirmou.

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    O país soma quase 24.000 casos confirmados e 450 mortes. Na semana passada, registrou seu maior número de mortes por Covid-19 em um único dia desde o início da pandemia, com 17 vítimas no estado de Victoria, onde houve um surto da doença. Dez mortes ocorreram em asilos.

    O surto foi exacerbado por supostos descumprimentos das medidas de quarentena impostas aos viajantes internacionais, principalmente em Melbourne, capital de Victoria.

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    Mulher com máscara se exercita em Melbourne, Austrália. 19/08/20202 (William West/AFP)

     

    As autoridades estatais ordenaram que o confinamento de Melbourne, iniciado em 9 de julho, durasse seis semanas. Mas como as transmissões locais continuaram, um toque de recolher foi imposto e as restrições passaram para o nível quatro e aumentadas. As novas medidas incluem o fechamento de empresas não essenciais, como lojas de varejo e academias, bem como restrições às operações em setores como construção ou processamento de carnes.

    A vacina contra algumas doenças, como pólio ou tétano, é obrigatória antes de crianças começarem a frequentar escolas na Austrália. No entanto, há um grande debate a respeito dos tratamentos, à medida muitas pessoas alegam que a obrigação atenta contra liberdades pessoais.

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    Diversos grupos antivacina alimentam teorias da conspiração sobre supostos riscos, todos infundados. Uma das teorias, cientificamente não comprovada, afirma que vacinas na infância podem causar autismo.

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    A vacina de Oxford é uma das cinco que estão atualmente na fase 3 dos testes. Os cientistas acreditam que podem ter resultados até o fim do ano.

    O coronavírus provocou 775.000 mortes e quase 22 milhões de contágios em todo o planeta, de acordo com um balanço da AFP com base em dados oficiais dos países.

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