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Venezuela abre investigação contra Bukele por abuso de imigrantes em prisão

Caracas acusa o governo ultradireitista de privação de atendimento médico, falta de anestesia em procedimentos, abuso sexual e espancamentos contra imigrantes

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 jul 2025, 17h25 - Publicado em 22 jul 2025, 17h24

O procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, anunciou nesta segunda-feira, 21, que investigará o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, e dois funcionários por maus tratos a venezuelanos no Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot), prisão de segurança máxima salvadorenha. Caracas acusa o governo ultradireitista de privação de atendimento médico, falta de anestesia em procedimentos, abuso sexual e espancamentos contra imigrantes enviados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao país da América Central.

O regime de Nicolás Maduro também investigará o ministro da Justiça de El Salvador, Gustavo Villatoro, e o diretor geral de centros penais, Osiris Luna Meza. Saab mostrou vídeos com relatos de homens que ficaram presos no Cecot. Eles contaram casos de tortura e mostraram ferimentos que supostamente teriam sido resultado dos abusos na prisão.

Na última sexta-feira, 18, El Salvador libertou mais de 250 venezuelanos em troca da soltura de 10 americanos detidos na Venezuela. No X, antigo Twitter, Bukele afirmou que grande parte dos detentos enfrentava “múltiplas acusações de assassinato, roubo, estupro e outros crimes graves” — uma informação negada por uma investigação do jornal americano The New York Times, que encontrou acusações criminais graves contra apenas 32 dos homens.

+ Em grande troca, El Salvador liberta imigrantes por americanos detidos na Venezuela

EUA x Venezuela

Após o anúncio de Bukele, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, confirmou que “dez americanos que foram detidos na Venezuela estão a caminho da liberdade” e agradeceu o líder salvadorenho por “ajudar a garantir um acordo para a libertação de todos os nossos detidos americanos, além da libertação de prisioneiros políticos venezuelanos”.

A Venezuela, por sua vez, condenou o envio de imigrantes ao Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot, na sigla em inglês), uma prisão de segurança máxima em El Salvador, pelos EUA. As famílias dos prisioneiros negaram as acusações de Washington de que eles estavam envolvidos com a gangue venezuelana Tren de Aragua e denunciaram que o grupo foi deportado sem o devido processo legal.

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Caracas passou a prender americanos no final do ano passado como moeda de troca em negociações com a administração Trump, que assumiu uma postura linha-dura contra imigração, de acordo com o NYT. Entre eles, estava Lucas Hunter, agora com 37 anos, que havia viajado para a Colômbia para praticar kitesurf. Ele, segundo a família, foi detido em território colombiano, perto da fronteira da Venezuela, no início de janeiro.

Antes da troca desta sexta-feira, seis americanos já haviam sido libertados em janeiro após uma visita fora de caráter de um funcionário da administração Trump à Venezuela. A soltura dos prisioneiros restantes virou assunto de discussão em maio, mas as tratativas estagnaram após Caracas perder confiança em Washington — dois funcionários americanos entraram em contato com o governo venezuelano com propostas diferentes, o que aumentou o ceticismo por parte do regime de Maduro, disseram fontes familiarizadas ao jornal.

 

 

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