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Venezuela: Barrada por Maduro, líder opositora abre vantagem em pesquisas

María Corina Machado apresenta sólida vantagem para primárias, que acontecem em menos de um mês

Por Da Redação
25 set 2023, 17h13
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  • A pouco menos de um mês das eleições primárias, o principal nome da oposição venezuelana, María Corina Machado, apresenta uma sólida vantagem nas intenções de voto para o pleito, apesar de sabotagens institucionais do governo de Nicolás Maduro.

    Segundo levantamentos, a líder de direita conta com um percentual de 40% da preferência do eleitorado, com tendência de alta. Os números da pré-candidata chegam a ser três vezes maiores que o do segundo colocado, Henrique Capriles Radonski.

    A candidatura de María Corina Machado foi desqualificada em junho pelo regime chavista, que anunciou a inelegibilidade pelos próximos 15 anos da opositora. Sem discutir os motivos ou a validade da inabilitação, Diosdado Cabello, número dois do chavismo, afirmou diversas vezes que será impossível que María Corina se inscreva como candidata e afirma que ela “engana seus seguidores”.

    Apesar da vantagem numérica, a oposição se queixa de não ter o mesmo acesso aos meios de comunicação de massa. Para o consultor político Osvaldo Ramírez, em declarações ao jornal espanhol El País, oito em cada dez venezuelanos querem mudança nos rumos da nação.

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    “Tem um contexto onde as pessoas se sentem desligadas da política e do partido do governo. Elas interpretam que poderá haver uma renovação da liderança da oposição. A liderança tradicional da Plataforma Unitária está cobrando o seu preço aqui. Os esforços de María Corina para se diferenciar deles valeram a pena”, acrescentou.

    O medo de que as eleições não ocorram, no entanto, é uma crescente no país. Alguns voluntários civis se demitiram, com a alegação de problemas técnicos. Um dos principais nomes da Comissão Eleitoral Primária,  María Carolina Uzcátegui, não só renunciou, mas agora realiza uma campanha contra o processo eleitoral.

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    A Plataforma Unitária emitiu um comunicado, em meio aos ataques, no qual denuncia “o plano que Nicolás Maduro, através dos seus diferentes porta-vozes, empreendeu contra o direito do povo venezuelano de escolher o seu candidato unitário através de eleições democráticas”. Omar Barboza, secretário executivo da Plataforma, afirmou que existe um “plano perverso” orquestrado desde Miraflores para enfraquecer vontades e “atrair porta-vozes” que desacreditam a eleição.

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