A Venezuela informou nesta segunda-feira, 4, ter impedido uma invasão de “mercenários terroristas” que tentaram entrar no país um dia antes, pilotando lanchas vindas da vizinha Colômbia. O presidente da Assembleia Constituinte e braço-direito do ditador Nicolás Maduro, Diosdado Cabello, informou que oito pessoas foram mortas e duas detidas na operação.
O ministro do Interior venezuelano, Néstor Reverol, disse que as forças de segurança do país feriram e “abateram” pessoas que desembarcaram perto da cidade de La Guaíra, a 32 quilômetros de Caracas. O ministro da Defesa, Vladimir Padrino, afirmou que uma lancha havia afundado e navios militares estavam procurando sobreviventes na costa.
“Um grupo de terroristas mercenários procedentes da Colômbia tentou realizar uma invasão pelo mar, para cometer atentados terroristas no país e assassinar os líderes do governo revolucionário”, disse Reverol.
A Colômbia descreveu a afirmação do governo como infundada, segundo a emissora BBC. A Venezuela rompeu relações diplomáticas com a nação vizinha no ano passado. Críticos do regime do ditador Nicolás Maduro acreditam que o episódio, na verdade, não foi uma invasão estrangeira e será usado como justificativa para intensificar a perseguição à oposição dentro do país. A lancha foi detectada próximo a uma base naval da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), o que aumentou a desconfiança.
Na Venezuela, especula-se que tratou-se de uma operação de contrabando ou narcotráfico. Mas o governo garante ter sido uma tentativa de ataque externo contra Maduro.
“O objetivo central era matar o presidente da Venezuela”, disse Maduro em uma conferência virtual com o Movimento de Países Não Alinhados (Mnoal). Segundo o jornal venezuelano El Nacional, o líder chavista informou que o governo vai mostrar evidências da “operação estrangeira”, na qual estariam vinculados os governos dos Estados Unidos e da Colômbia.
Juan Guaidó, que é reconhecido por mais de 50 países como líder legítimo da Venezuela, acusou o governo Maduro de tentar distrair as pessoas dos recentes surtos de violência. Na sexta-feira 1, um protesto em favor da adoção de medidas sanitárias contra a pandemia de coronavírus em uma penitenciária deixou mais de 40 mortos. No sábado 2, houve uma batalha de gangues em Caracas.
Nesta segunda-feira, o Ministério Público da Venezuela respondeu acusando Guaidó de ter contratado “mercenários” para realizar a invasão que o governo Maduro diz ter frustrado, utilizando recursos venezuelanos bloqueados pelos Estados Unidos.
O procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab, disse que “mercenários contratados” fecharam contratos de 212 milhões de dólares “roubados da estatal petroleira venezuelana PDVSA” e de contas do país que foram bloqueadas por outros países. Saab disse ainda que Guaidó contratou um ex-militar americano, dono de uma empresa de segurança chamada Silvercorp USA. O líder da oposição negou as acusações, rejeitando qualquer “envolvimento” com qualquer empresa de segurança privada.
Pressão americana
No início de abril deste ano, o Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos dobrou sua presença no mar do Caribe, com o intuito de combater o tráfico de drogas na região – e fazer pressão para a saída de Maduro. A medida foi tomada uma semana após procuradores federais americanos acusarem o ditador da Venezuela de narcoterrorismo e de Washington anunciar uma recompensa de 15 milhões de dólares por informações que levem à sua captura.
O Departamento de Estado americano apresentou um plano de transição democrática para a Venezuela, como meio de acenar para Maduro com uma via para sua renúncia. O plano prevê a formação de um governo de transição, com a missão de convocar e organizar nova eleição presidencial ainda neste ano.
“Um grupo de terroristas mercenários procedentes da Colômbia tentou realizar uma invasão pelo mar, para cometer atentados terroristas no país e assassinar os líderes do governo revolucionário”, disse Reverol. A Colômbia descreveu a afirmação do governo como infundada, segundo a emissora BBC. A Venezuela rompeu relações diplomáticas com a nação no ano passado.
O presidente da Assembleia Constituinte e braço-direito de Maduro, Diosdado Cabello, informou que oito pessoas foram mortas e duas detidas na operação. O ministro da Defesa, Vladimir Padrino, disse que uma lancha havia afundado e navios militares estavam procurando sobreviventes na costa.
Contudo, críticos do regime do ditador Nicolás Maduro acreditam que o episódio, na verdade, não foi uma invasão estrangeira e será usado como justificativa para intensificar a perseguição à oposição dentro do país. A lancha foi detectada próximo a uma base naval da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), o que aumentou a desconfiança.
Na Venezuela, especula-se a respeito de uma possível operação de contrabando ou narcotráfico. Mas o governo garante que tratou-se de uma tentativa de ataque externo.
“O objetivo central era matar o presidente da Venezuela”, disse Maduro em uma conferência virtual com o Movimento de Países Não Alinhados (Mnoal). Segundo o jornal venezuelano El Nacional, o líder chavista informou que o governo vai mostrar evidências da operação estrangeira, com a qual ele vinculou os governos dos Estados Unidos e Colômbia.
Juan Guaidó, que é reconhecido por mais de 50 países como líder legítimo da Venezuela, acusou o governo Maduro de tentar distrair as pessoas dos recentes surtos de violência. Na sexta-feira 1, um protesto por medidas sanitárias contra a pandemia de coronavírus em uma penitenciária deixou mais de 40 mortos e no sábado 2, houve uma batalha de gangues em Caracas.
Nesta segunda-feira, o Ministério Público da Venezuela respondeu acusando Guaidó de ter contratado “mercenários” para realizar a invasão que o governo Maduro diz ter frustrado, utilizando recursos venezuelanos bloqueados pelos Estados Unidos.
O procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab, disse que “mercenários contratados” fecharam contratos de 212 milhões de dólares “roubados da estatal petroleira venezuelana PDVSA” e de contas do país que foram bloqueadas por outros países.
Saab disse que o opositor de Maduro contratou um ex-militar americano, dono de uma empresa de segurança chamada Silvercorp USA. Guaidó negou as acusações, rejeitando qualquer “envolvimento” com qualquer empresa de segurança privada.
Pressão americana
No início de abril deste ano, o Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos dobrou sua presença no mar do Caribe, com o intuito de combater o tráfico de drogas na região – e fazer pressão para a saída de Maduro. A medida foi tomada uma semana após procuradores federais americanos acusarem o ditador da Venezuela de narcoterrorismo e de Washington anunciar uma recompensa de 15 milhões de dólares por informações que levem à sua captura.
O Departamento de Estado americano apresentou um plano de transição democrática para a Venezuela, como meio de acenar para Maduro com uma via para sua renúncia. O plano prevê a formação de um governo interino, com a missão de convocar e organizar nova eleição presidencial ainda neste ano.
(Com Reuters e AFP)