Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Em meio à crise, Maduro diz que se orgulha de sair da OEA

O presidente Nicolás Maduro perdeu a compostura e mandou a OEA 'al carajo'

Por Da redação
Atualizado em 28 abr 2017, 10h44 - Publicado em 28 abr 2017, 10h42

O governo da Venezuela começa nesta quinta-feira seu processo de retirada da Organização de Estados Americanos (OEA), em meio a uma crescente pressão internacional e a uma onda de protestos que em um mês deixou quase 30 mortos.

Em um fato sem precedentes na OEA – Cuba foi expulsa em 1962 -, a Venezuela anunciou na quarta-feira sua saída da organização após o Conselho Permanente da instituição ter convocado uma reunião de chanceleres para avaliar a grave crise política que sacode o país.

“Tenho orgulho de dizer (…) que tomei a decisão de retirar nossa pátria da OEA, de libertar nossa pátria do intervencionismo (…). Estamos livres da OEA e jamais voltaremos!” – afirmou o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, chamado de ditador pelo secretário-geral da OEA, Luis Almagro.

“Não reconhecemos qualquer reunião, qualquer decisão da OEA (…). A OEA, pro caralho! Luis Almagro, pro caralho! Fora OEA da Venezuela!”, afirmou Maduro diante de uma concentração de mulheres chavistas em torno do palácio presidencial de Miraflores.

Continua após a publicidade

A Venezuela pediu à Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) uma reunião para o dia 2 de maio. O processo de retirada, que demora 24 meses, começará quando a Venezuela apresentar uma carta de denúncia contra a OEA ao secretário-geral Luis Almagro.

Maduro enfrenta há um mês uma onda de protestos que exige eleições-gerais e que provocou violentos confrontos entre as forças de segurança e manifestantes, que já deixaram 28 mortos e centenas de feridos e detidos.

Oposição

A oposição realizou nesta quinta-feira uma sessão extraordinária do Parlamento em um estádio de Caracas, na qual pediu à comunidade internacional que exija do governo Maduro a antecipação da eleição presidencial, prevista para dezembro de 2018.

Ao acusar Maduro de romper “a ordem constitucional”, o Poder Legislativo solicitou ativar os “mecanismos que a Constituição permite para a celebração de uma eleição presidencial antecipada ainda em 2017”.

Continua após a publicidade

Os deputados pediram aos governos da América Latina e do Caribe, assim como a organismos como Nações Unidas, Organização dos Estados Americanos (OEA) e Mercosul, que pressionem Maduro para que estabeleça “de maneira imediata um cronograma eleitoral integral” que inclua as eleições de governadores e prefeitos este ano.

Para o dia 1º de Maio, sempre marcado por protestos chavistas, a oposição convocou uma “grande passeata”, exatamente um mês após o início dos protestos. Os seguidores do chavismo também protestaram nesta quinta-feira, se concentrando nos arredores do Palácio presidencial de Miraflores, no centro de Caracas.

Reação internacional

O presidente americano, Donald Trump, declarou nesta quinta-feira que a Venezuela está uma “bagunça” e que fica “muito triste” pela situação do país. A Eurocâmara pediu a Bruxelas que analise “outras medidas para restabelecer a plena democracia” na Venezuela e condenou “a repressão brutal” às manifestações.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.