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Venezuela não cumpre promessa de libertar vinte presos políticos

Estatística de prisioneiros políticos aumentou 200% desde 2017; um major da Aeronáutica e um médico foram detidos ontem por razões políticas

Por Da Redação
Atualizado em 25 Maio 2018, 15h45 - Publicado em 25 Maio 2018, 11h36
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  • O diretor do Fórum Penal Venezuelano, Alfredo Romero, informou nesta sexta-feira 25 que nenhum dos vinte presos políticos beneficiados pelo anúncio do fim da detenção foi efetivamente liberado, segundo o jornal El Universal.

    A libertação dos presos do estado Zulia havia sido decretada ontem pela Justiça da Venezuela, logo depois do juramento de Nicolás Maduro, reeleito no último domingo e pronto para assumir em janeiro mais um mandato de seis anos como presidente da República. Maduro havia pedido à Justiça a libertação desses opositores como um gesto de “reconciliação” política para seu próximo mandato.

    Nas contas do Fórum Penal, uma organização não-governamental, há 373 presos políticos no país por “causas injustas”. O número é corroborado pela Organização dos Estados Americanos (OEA). A maioria é reconhecida como tal pela oposição, apesar de o governo os considerar responsáveis por crimes comuns.

     

    Romero advertiu que o número de presos políticos na Venezuela tem aumentado, em vez de diminuir. Ontem,  um major da Força Aérea e um médico traumatologista foram presos por razões políticas. No ano passado, acrescentou ele, havia 100 presos políticos.

    Hoje, são 373, entre os quais o líder oposicionista Leopoldo López, detido em 2014.

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    Para ele, chama a atenção o fato de o governo Maduro falar de mediação quando o número de detidos cresceu 200%. “Falam de paz, mas a repressão aumenta”, afirmou, segundo o El Universal.

    Romero criticou ainda a atuação do ex-presidente de governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero, encarregado pelo Palácio Miraflores de anunciar a libertação dos presos políticos. Em consonância com setores da oposição, que vêm Zapatero como aliado de Maduro, Romero o criticou por nunca ter se reunido com o Fórum Penal Venezuelano.

    “Estamos dispostos a conversar com quem quer que seja para conseguir a libertação dos detidos por razões políticas, mas de maneira honesta”, disse Romero.
    (Com EFE)

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