Venezuela: repressão contra ‘a mãe das marchas’ deixa um morto
Um estudante de economia, de 17 anos, foi alvejado na cabeça por milicianos
Por Da redação
Atualizado em 20 abr 2017, 09h17 - Publicado em 19 abr 2017, 16h06
Manifestantes queimam um boneco representando o presidente venezuelano Nicolás Maduro durante um protesto de opositores em Caracas - 19/04/2017 (Ronaldo Schemidt/AFP)
1/19 Manifestantes entram em confronto com a polícia durante protesto contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em Caracas - 19/04/2017 (Ronaldo Schemidt/AFP)
2/19 Mulher atingida por gás lacrimogêneo disparado pela polícia é carregada por outros manifestantes durante uma marcha contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em Caracas - 19/04/2017 (Federico Parra/AFP)
3/19 Manifestantes tentam derrubar uma cerca na base aérea de La Carlota durante uma manifestação contra o presidente venezuelano, Nicolas Maduro, em Caracas - 19/04/2017 (Juan Barreto/AFP)
4/19 Manifestante ferido é ajudado por outro após confronto com a polícia durante a chamada 'mãe de todas as marchas' contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas - 19/04/2017 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
5/19 Manifestante de oposição bloqueia a passagem de um carro blindado durante protesto contra o presidente Nicolás Maduro em Caracas - 19/04/2017 (Marco Bello/Reuters)
6/19 Manifestantes de oposição marcham contra o governo do presidente venezuelano, Nicolas Maduro, em Caracas - 19/04/2017 (Carlos Becerra/AFP)
7/19 Milhares de manifestantes saem às ruas durante a 'mãe de todas as marchas' contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas - 19/04/2017 (Carlos Becerra/AFP)
8/19 Milhares de manifestantes saem às ruas durante a 'mãe de todas as marchas' contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas - 19/04/2017 (Christian Veron/Reuters)
9/19 Manifestante prega desobediência civil durante protesto contra o governo do presidente Nicolas Maduro em Caracas, na Venezuela - 19/04/2017 (Ronaldo Schemidt/AFP)
10/19 Manifestante arremessa uma granada de gás lacrimogêneo contra a polícia durante protesto de oposição ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas - 19/04/2017 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
11/19 Manifestantes contrários ao governo de Nicolás Maduro participam de um protesto em Caracas, na Venezuela - 19/04/2017 (Juan Barreto/AFP)
12/19 Milhares de manifestantes saem às ruas durante a 'mãe de todas as marchas' contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas - 19/04/2017 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
13/19 Manifestantes queimam um boneco representando o presidente venezuelano Nicolás Maduro durante um protesto de opositores em Caracas - 19/04/2017 (Ronaldo Schemidt/AFP)
14/19 Manifestantes entram em confronto com a polícia durante a 'mãe de todas as marchas' contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas - 19/04/2017 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
15/19 Manifestantes entram em confronto com a polícia durante a 'mãe de todas as marchas' contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas - 19/04/2017 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
16/19 Polícia antimotim forma bloqueio durante manifestações pró e contra Nicolás Maduro em Caracas, na Venezuela - 19/04/2017 (Federico Parra/AFP)
17/19 Polícia antimotim forma bloqueio durante manifestações pró e contra Nicolás Maduro em Caracas, na Venezuela - 19/04/2017 (Federico Parra/AFP)
18/19 Apoiadores do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, marcham em resposta aos opositores no centro de Caracas - 19/04/2017 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
19/19 Apoiadores do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, marcham em resposta aos opositores no centro de Caracas - 19/04/2017 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Carlos José Moreno Baron, um adolescente de 17 anos, morreu nesta quarta-feira baleado na cabeça por civis armados nas imediações de onde acontecia um protesto de opositores do governo de Nicolás Maduro em Caracas, na Venezuela. Baron é a oitava vítima deixada pelos confrontos durante as manifestações das últimas três semanas.
Segundo a família do jovem, ele não participava da manifestação na Plaza La Estrella, no bairro de San Bernardino, ao norte de Caracas. Sua irmã relatou ao jornalEl Estímuloque Carlos ia encontrar amigos para jogar futebol quando se aproximou do local onde os protestantes opositores se reuniam. Opositores convocaram para esta quarta-feira o que chamaram de “mãe das marchas”, o maior dos protestos contra o regime de Maduro desde o dia 4 de abril.
Segundo relatos de testemunhas, os autores dos tiros foram civis encapuzados que dispararam contra os manifestantes na praça, conhecidos como colectivos – milicianos armados pelo governo. O jovem estava no primeiro ano da faculdade de economia na Universidade Central da Venezuela.
Manifestantes contrários e favoráveis ao governo de Nicolás Maduro tomaram as ruas de Caracas e de outras cidades do país desde as primeiras horas desta quarta.
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Os confrontos com a Guarda Nacional Venezuelana (GNB) também começaram cedo. Os oficiais usam bombas de gás lacrimogêneo em diversos locais da cidade para impedir que os manifestantes da oposição cheguem ao centro de Caracas, onde acontecem os protestos dos chavistas.
Na rodovia Francisco Fajardo, a mais importante da capital venezuelana, manifestantes tiveram de se jogar em um rio para fugir do gás. Desesperadas, as pessoas pularam no Rio Guaire, no bairro de Bello Monte. Alguns manifestantes chegaram a atravessar o rio para fugir da repressão.
#ENVIVO | 12:46 PM Fuerzas de seguridad reprimen manifestantes opositores a la altura de Bello Monte. Los mismos saltan al Río Guaire pic.twitter.com/n8lUYTjAAz
As manifestações ocorrem em um momento de grande tensão política no país. Os protestos desta quarta marcam a sexta jornada de marchas em menos de três semanas na Venezuela.
Nas últimas semanas, as ruas de Caracas foram cenário de confrontos com manifestantes encapuzados, que lançaram pedras e coquetéis molotov, em meio a nuvens de gás lacrimogêneo. O governo acusa a oposição de “terrorismo”, enquanto os opositores acusam as forças de segurança de repressão e torturas. A onda de protestos já deixou sete mortos, além do adolescente baleado hoje, dezenas de feridos e mais de 300 detidos.
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