Vídeo mostra fuga de soldado norte-coreano para a Coreia do Sul
Segundo a ONU, a Coreia do Norte violou o acordo de armistício quando um de seus soldados cruzou a fronteira durante a perseguição ao desertor
Um vídeo divulgado nesta quarta-feira pelo Comando das Nações Unidas (UNC, na sigla em inglês) mostra o momento em que um soldado norte-coreano foge para a Coreia do Sul atravessando a fronteira entre os dois países, enquanto é atingido por vários tiros disparados pelas forças de Kim Jong-un.
O caso aconteceu no último dia 13, quando o soldado tentou atravessar a área de segurança conjunta de Panmunjom, teoricamente o único lugar da Zona Desmilitarizada em que soldados das duas Coreias se veem frente a frente.
No vídeo é possível ver o homem dirigindo por uma estrada antes de ser descoberto. Quando seu veículo colide com uma árvore, ele corre até o lado sul-coreano da fronteira, mas antes é atingido por ao menos cinco balas.
O desertor foi resgatado por soldados sul-coreanos e levado ao hospital. Após passar por duas cirurgias, recuperou a consciência nesta terça-feira.
Segundo a agência de notícias Yonhap, um oficial do governo de Seul contou que o soldado pediu para ver televisão assim que acordou. Foram exibidos filmes sul-coreanos para seu “conforto psicológico”, afirmou.
Violação de armistício
Segundo o UNC, a Coreia do Norte violou o acordo de armistício quando um de seus soldados cruzou a Linha de Demarcação Militar durante a perseguição ao desertor. No vídeo divulgado, é possível ver um dos oficiais de Kim Jong-un cruzando o limite entre as duas fronteiras por alguns segundos.
Segundo Col Chad G Carroll, porta-voz do Comando da ONU, os norte-coreanos já foram informados sobre a violação.
Cerca de 30.000 norte-coreanos fugiram para a Coreia do Sul desde o fim da guerra entre as duas Coreias, embora poucos tenham atravessado a Zona Desmilitarizada, que é fortemente protegida por soldados, cercas de arame e minas terrestres. A maioria dos desertores atravessa a fronteira com a China e de lá vai para o sul.
(Com Reuters)