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Xi Jinping diz a Mourão que China e Brasil devem se ver como oportunidade

Mourão queixou-se sobre a 'persistência' das exportações de produtos de baixo valor agregado ao gigante asiático em reunião com vice chinês

Por Da Redação
Atualizado em 24 Maio 2019, 16h22 - Publicado em 24 Maio 2019, 10h15

A China e o Brasil devem considerar um ao outro como uma oportunidade para o desenvolvimento e como parceiros, disse o presidente chinês Xi Jinping ao vice-presidente brasileiro Hamilton Mourão nesta sexta-feira, 24, em Pequim.

Ao contrário do presidente Jair Bolsonaro, que criticou o papel da China na economia brasileira durante a campanha presidencial, Mourão tem escolhido uma abordagem mais pragmática em relação a um dos principais parceiros comerciais do país, à procura de manter os laços econômicos.

Durante o período eleitoral de 2018, Bolsonaro retratou a China como um predador em busca de dominar setores-chave da economia brasileira.

Ao receber Mourão no Grande Salão do Povo em Pequim, Xi Jinping disse que o relacionamento entre os dois países está em um “momento crucial”, de acordo com a TV estatal chinesa.

“Os dois lados devem continuar discutindo com firmeza as oportunidades e os parceiros um do outro para o seu próprio desenvolvimento, respeitando-se, confiando um no outro, apoiando-se mutuamente e construindo as relações China-Brasil como modelo de solidariedade e cooperação entre os países em desenvolvimento”, disse Xi.

Há “perspectivas amplas” de cooperação entre os dois, completou o presidente chinês e secretário-geral do Partido Comunista da China.

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A China tem se aproximado diplomaticamente da América Latina, para a preocupação dos Estados Unidos, que há muito considera a região como sua área de influência.

Neste ano, o Brasil será o anfitrião da cúpula do Brics, bloco constituído por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, à qual Xi deve comparecer.

Cooperação

Na quinta-feira 23, Mourão presidiu ao lado do vice chinês Wang Qishan o quinto encontro da Cosban, a comissão bilateral sino-brasileira, e fecharam acordo para “reforçar as trocas e a cooperação em todas as áreas”.

Na ata da reunião, ficou claro que Wang e Mourão “avaliaram positivamente os progressos recentes” nos laços bilaterais e falaram da preparação de um novo plano de dez anos para as relações entre 2022 e 2031.

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Mourão queixou-se sobre a “persistência” das exportações de produtos de baixo valor agregado ao gigante asiático. Na reunião, ficou acertado um compromisso de “criar condições para diversificar e aumentar o valor agregado dos produtos vendidos pelo Brasil à China”.

Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil e o volume de negócios na balança comercial entre ambos chegou a 98,9 bilhões de dólares somente no ano passado, segundo dados oficiais.

Já sobre as trocas, ambos concordaram em “promover os fluxos de livre-comércio no setor de produtos agrícolas e animais”, como a entrada no mercado brasileiro das peras e de produtos de aquicultura chineses, e, pelo lado contrário, que os melões brasileiros tenham o mesmo destino na China.

Além disso, a ata cita outros produtos que, quando obtiverem as condições sanitárias exigidas, conseguirão entrar na lista de livre-comércio entre os dois países: lácteos, carne suínas, carne bovina processado termicamente, proteínas de soja para ração animal, material genético de aves e plasma sanguíneo bovino.

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Wang e Mourão mostraram estar satisfeitos com o acordo que evitará que um painel da Organização Mundial do Comércio (OMC) resolva a queixa apresentada pelo Brasil sobre os supostos impedimentos que a China pôs à importação de açúcar brasileiro.

Outro tema-chave da visita do vice-presidente brasileiro é a possível adesão à multimilionária iniciativa chinesa de infraestruturas conhecidas como Nova Rota da Seda.

No entanto, nada ficou fixado sobre este assunto, salvo o reconhecimento das possíveis “sinergias” entre as políticas de desenvolvimento da China e do Brasil, assim como de seus programas de investimento.

Os laços, segundo revela o documento da Cosban, estão voltados também para “projetos bilaterais-chave” em áreas como energia e mineração, infraestruturas e logística, e agricultura, assim como em cooperação espacial, com a possibilidade de novos projetos conjuntos de satélites.

(Com Reuters e EFE)

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