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Xi Jinping pede que Exército chinês intensifique treinamento de guerra

Chefe de Estado afirmou que o mundo está imerso em profundas transformações e, portanto, a segurança chinesa estaria incerta

Por Da Redação
Atualizado em 6 jul 2023, 18h41 - Publicado em 6 jul 2023, 17h07
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  • O presidente da China, Xi Jinping, solicitou que o Exército intensifique o treinamento de guerra para que o país seja capaz de defender a sua soberania, caso necessário. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 6, pela agência de notícias estatal Xinhua, após a reunião do líder chinês com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, que tratou das tensões entre as nações.

    Durante uma visita de inspeção ao Comando Oriental, que fornece segurança ao leste do país, o chefe de Estado disse às tropas que o mundo está imerso em profundas transformações e, portanto, a segurança chinesa estaria incerta. O centro militar é responsável, inclusive, por fiscalizar o Estreito de Taiwan, que a China considera parte de seu território.

    “Devemos persistir em pensar e lidar com questões militares de uma perspectiva política, ousar lutar, ser bons em lutar e defender resolutamente nossa soberania nacional, segurança e interesses de desenvolvimento”, destacou Xi.

    + Secretária do Tesouro dos EUA chega à China sob tensão entre as partes

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    Ainda em março, após conquistar o terceiro mandato, Xi já havia feito um pedido para que a capacitação militar fosse reforçada, de maneira que conseguisse proteger a segurança nacional, para que as Forças Armadas do país alcançassem o patamar de uma “Grande Muralha de Aço”. Ele afirmou, ainda, que quaisquer atividades pró-independência e estimuladas por autoridades externas devem ser combatidas.

    O presidente chinês reforçou, além disso, que o contato com líderes taiwaneses deve ser evitado, já que poderia ser interpretado como forma de apoio às intenções secessionistas da “província rebelde”, como considera Taiwan.

    + Estados Unidos recomendam que americanos não viajem à China

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    As historicamente estremecidas relações foram agravadas com a visita da então presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan, em agosto do ano passado. Em um telefonema prévio à viagem, Xi alertou o presidente Joe Biden de que “quem brinca com fogo pode ser consumido por ele”, sem citar o nome de Pelosi. Por menos de 24 horas na capital, Taipei, a democrata chamou de “inquebrantável” o compromisso americano com a defesa da democracia taiwanesa.

    As declarações, no entanto, não foram bem recebidas pelo Ministério das Relações Exteriores da China, que alertou para o “sério impacto” da visita no futuro das relações sino-americanas. Em junho deste ano, Biden comparou o governo do chinês Xi Jinping a uma ditadura, mas afirmou que seu posicionamento não teria prejudicado o intercâmbio entre as nações.

    Os Estados Unidos são o fornecedor internacional de armas mais importante de Taiwan e o crescente apoio dos americanos à ilha está aumentando as tensões na região. A China, por sua vez, condena a presença americana na região e reivindica Taiwan como parte do seu território. Militares chineses não descartam o uso da força para assumir o controle da ilha, caso seja necessário. O governo taiwanês rejeita essas reivindicações e afirma que somente seu povo pode decidir seu futuro.

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