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Zelensky faz visita surpresa a Bakhmut, na linha de frente da guerra

Com conflitos intensos nos entornos da cidade, presidente ucraniano faz demonstração significativa de apoio às forças na região

Por Da Redação
Atualizado em 20 dez 2022, 14h06 - Publicado em 20 dez 2022, 11h56

Marcando o 300° dia desde o início da guerra na Ucrânia, o presidente do país, Volodymyr Zelensky, fez uma visita surpresa à linha de frente do conflito, na cidade de Bakhmut, onde as forças ucranianas e russas travam um combate intenso há meses. 

A região é um alvo importante para o exército russo, mas a Ucrânia conseguiu conter seu avanço recentemente.

Esta não é a primeira visita de Zelensky à linha de frente da guerra. O líder da Ucrânia já viajou a outras cidades recém-libertadas, como Kherson e Izium.

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Segundo o gabinete presidencial, ele foi a Bakhmut para se reunir com o exército ucraniano e distribuir prêmios aos soldados. Sua viagem foi considerada uma demonstração significativa de apoio às forças ucranianas na região, que estão engajadas em algumas das batalhas mais importantes da guerra nas últimas semanas. 

“Acho que os heróis de Bakhmut deveriam ter o que todo mundo tem, que tudo deveria estar bem para seus filhos, suas famílias, que eles estivessem aquecidos e saudáveis”, disse Zelensky ao canal do aplicativo de mensagens Telegram “Freedom TV“. “Gostaria de lhes desejar luz, mas é uma situação tão difícil que há luz e, de repente, não há. O principal é que haja luz interior”, acrescentou.

A visita de Zelensky também foi comparada com as recentes aparições públicas do presidente russo, Vladimir Putin, que, na segunda-feira 19, viajou a Minsk para se encontrar com o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko. Mesmo que ambos sejam aliados de longa data, esta foi a primeira viagem do líder do Kremlin a Belarus em três anos.

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Os dois lados sofreram pesadas perdas em Bakhmut, e a situação da zona de conflito foi descrita como um “moedor de carne”, com poucos civis restantes na cidade. De acordo com o presidente da Ucrânia, a Rússia já perdeu 99 mil soldados desde o início da guerra, em fevereiro. Entretanto, o número não pode ser verificado de forma independente, já que ambos os países não revelaram a extensão total de suas baixas. 

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Desde maio, o exército russo tenta ocupar Bakhmut, uma zona estratégica para ser usada como base de lançamento de ataques a cidades vizinhas, como Sloviansk e Kramatorsk. A região também é ameaçada por mercenários da Rússia do grupo Wagner. Apesar dos investimentos de Moscou, contudo, a Ucrânia tem fortalecido suas defesas, tornando qualquer vitória russa uma conquista simbólica.

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