A Croácia segue sonhando repetir na Copa do Mundo do Catar o surpreendente desempenho de quatro anos atrás. Vice-campeã na Rússia, a seleção europeia superou nos pênaltis o Japão nesta segunda-feira, 5, no estádio Al Janoub, em partida de 130 minutos de duração marcada por equilíbrio – resultando na primeira prorrogação, seguida por penalidades.
A classificação croata é quase um déjà vu de 2018. Os país, curiosamente, chegou à final do último Mundial após superar três prorrogações consecutivas: nas oitavas, nas quartas e semifinais.
No tempo regulamentar, os gols foram marcados por Maeda para os japoneses, enquanto Perisic empatou para os croatas. Nos pênaltis, vitória por 3 a 1, com atuação destacada do goleiro Livakovic.
Agora, o país pode entrar no caminho do Brasil – que enfrenta a Coreia do Sul logo mais, às 16h (de Brasília). A partida contra o vencedor do confronto acontece na sexta-feira, 9, às 12h (de Brasília), no estádio Cidade da Educação.
O primeiro tempo foi de poucas chances, mas com visível diferença de ritmo entre as equipes. Enquanto o Japão parecia mais ligado, intenso e rápido nas ações, os croatas insistiam em jogadas pelo meio, principalmente nos pés de Modric e Perisic.
A chance mais concreta aconteceu só aos 40 minutos, em um contra-ataque. Maeda recebeu passe de contra-ataque de Morita, deixou para Doan, que encontrou Kamada. O meia-atacante finalizou por cima do gol de Livakovic.
O gol chegou japonês chegou dois minutos depois. Após cobrança curta de escanteio, Doan cruzou para a área, a bola desviou em Yoshida e sobrou para Maeda, que só escorou de perna esquerda para abrir o placar.
A primeira parte do jogo terminou com seis finalizações – três para cada lado -, mas com pouca precisão das equipes. Somente uma delas, além do gol, exigiu defesa dos goleiros.
Precisando reagir, os croatas voltaram com maior iniciativa para os 45 minutos finais. Logo aos três minutos, Kovacic arriscou chute de fora da área, à direita do gol de defendido por Gonda.
Aos seis, um pedido de pênalti após Petkovic cair na área, mas a arbitragem mandou seguir. Aos nove, após troca de passes, Lovren cruzou e Perisic subiu sem marcação para cabecear e empatar o placar.
Foi a décima participação direta em gols do camisa 4 – seis gols e quatro assistências – em somente 14 partidas disputadas em mundiais.
O Japão tentou reagir em chance na sequência, com o volante Morita. O meio-campista acabou chutando fraco, sem dificuldades de defesa para Livakovic.
Com o ritmo mais frio e cauteloso, os treinadores promoveram modificações. Aos 34, após boa troca de passes dos japoneses na entrada da área, o zagueiro Tomiyasu recebeu livre, mas cruzou mal, desperdiçando o lance. E foi só.
A partida acabou se encaminhando para a primeira prorrogação deste Mundial.
Os países, curiosamente, nunca haviam perdido nos 30 minutos extras: os croatas tinham uma vitória e dois empates, todas em 2018, enquanto os japoneses empataram em 2010, mas acabaram eliminados.
Na primeira parte, as melhores chances foram do Japão: aos dois, após escanteio da direita, Taniguchi cabeceou na primeira trave, mas acabou errando o gol. Aos 14, Mitoma finalizou forte de fora da área, exigindo ótima defesa de Livakovic.
Na parte final, os croatas tentaram chegar já sem as suas principais referências – Modric e Perisic foram substituídos, cansados. Sobrava vontade para as seleções, mas faltava físico para a execução.
Foi nos pênaltis – com três defesas de Livakovic – que a vaga acabou nas mãos croatas. Se passar, o Brasil terá um velho conhecido pelo caminho, rival na fase de grupos em 2006 e 2014.