A revista VEJA desta semana traz em sua capa como o Brasil se tornou campeão mundial da desordem na quarentena. A falta de consenso entre as autoridades, pressões comerciais e comportamento de risco da população provocam perda de vidas e prejuízos financeiros.
Dora Kramer avalia que as coisas estão piorando e, com isso, as deficiências do país ficam mais evidentes. Existem vários fatores que não se consegue resolver em uma emergência, por exemplo, a deficiência do sistema de saúde e uma questão cultural de indisciplina. Mas há um fator primordial que a gente não precisaria estar vivendo, que é o comportamento de Jair Bolsonaro. Para ela, ele só tumultua o ambiente ao invés de organizar a situação e lembra que Bolsonaro já foi apontado como o governante que pior lida com a crise da pandemia.
Ricardo Noblat classifica que Bolsonaro toma essas decisões por estar mais preocupado com a economia e esquece o lado humano, achando que as pessoas vão se contaminar e morrer do mesmo jeito.
Augusto Nunes afirma que o comportamento do presidente é equivocado, mas é uma simplificação culpar apenas Jair Bolsonaro pelos problemas no país. E cita alguns fatores: a baixa popularidade de Bolsonaro e a decisão do STF que colocou na mão de estados e municípios as orientações sobre a quarentena. Ele argumenta que Bolsonaro não pode ser culpado pela baixa adesão da quarentena em São Paulo, por exemplo.
Os colunistas também falam sobre o caso do vídeo da reunião ministerial que teve a participação do agora ex-ministro Sergio Moro e que o governo quer entregar apenas partes para a Justiça.