O projeto da reforma da Previdência está na Câmara desde fevereiro e já passou por várias mudanças. Menos uma: o ministério da Economia e deputados ligados a Rodrigo Maia não querem oferecer mais privilégios aos policiais civis, militares federais.
Os deputados do PSL chamaram Jair Bolsonaro de traidor por não apoiar o pedido desses policiais de não ter idade mínima para se aposentar. O relatório prevê que a categoria pode se aposentar aos 55 anos, desde que os homens contribuam com 30 anos e as mulheres com 25. O texto também diz que as brasileiras vai se aposentar com 62 e os brasileiros com 65.
Para deixar claro: parlamentares do partido do presidente estão colocando a reforma da Previdência sob ameaça para privilegiar uma corporação que já assegurou o direito de se aposentar dez anos antes do resto dos brasileiros.
E esse tumulto pode fazer com que a votação no plenário da Câmara, que é a mais importante, seja adiada de julho para agosto. E pode colocar a reforma em risco
O jornalista Thomas Traumann analisa o caso neste episódio do podcast Traumann Traduz: