A revista VEJA dessa semana traz em sua capa os riscos que a escalada da tensão política sinaliza para a democracia. As trombadas entre poderes e enfrentamentos nas ruas desviam os cuidados com o coronavírus e fragilizam as instituições do país.
Dora Kramer ainda reflete sobre qual é o real risco para a democracia. Para ela, não é possível dizer que não há risco nenhum, mas também não é possível dizer que há um risco absoluto. A colunista lembra que não há respaldo da sociedade para um golpe militar, mas admite que existe uma situação anormal no país.
Ricardo Rangel afirma que há um risco concreto sim. Para ele, Jair Bolsonaro caminha para forçar um impasse institucional, especialmente com a queda de sua popularidade. E, na hora desse impasse, o presidente aposta que as Forças Armadas fiquem ao seu lado. É importante que a sociedade se mova para que este tipo de movimento não ocorra.
Ricardo Noblat analisa que Bolsonaro aposta em um rompimento da ordem, mas fica em dúvida sobre por qual motivo as Forças Armadas o apoiariam em um eventual golpe e lembra que os militares já estão no poder. O colunista não sabe se o Exército seria capaz de romper hoje com a ilegalidade.
Os colunistas também comentam as declarações recentes do vice-presidente Mourão e do ex-presidente Lula sobre a crise política brasileira.