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A missão de Alcolumbre: infernizar a vida de Sergio Moro

Senador é a voz mais destacada dentro do União Brasil contra a presença do ex-juiz da Lava-Jato no partido

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 dez 2022, 19h11
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    Senador eleito Sergio Moro é alvo de intrigas partidárias e ofensivas judiciais (Evaristo Sa/AFP)

    Na cúpula do União Brasil existem muitas dúvidas e uma única certeza. Dúvidas sobre ingressar formalmente à base de sustentação do futuro governo Lula, dúvidas sobre se o caminho da independência parlamentar é o mais profícuo, dúvidas sobre cobrar abertamente uma fatura negociada meses antes, quando retirou o nome do deputado Luciano Bivar da corrida presidencial para esvaziar o projeto de terceira via. No rol das certezas, porém, não há tergiversação: o ex-presidente do Senado e atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) Davi Alcolumbre é a voz mais estridente contra a presença do ex-ministro Sergio Moro dentro da legenda e tem como plano pessoal infernizar a vida partidária do ex-juiz da Lava-Jato.

    No final de novembro, em reunião com parlamentares do União Brasil, MDB e PSD, Lula ouviu de integrantes mais “lulistas” do partido de Moro que estão dispostos a isolá-lo na legenda e atormentar de tal modo o dia a dia do senador eleito que não duvidam que ele peça para sair da agremiação. A interlocutores Alcolumbre se prontificou a liderar o processo de expurgo do ex-juiz da Lava-Jato.

    As intrigas dentro da legenda ocorrem às vésperas do julgamento da prestação de contas do senador eleito pelo Paraná. Até quarta-feira, 14, é esperado que o Tribunal Regional Eleitoral do estado analise a arrecadação e os gastos da campanha do ex-juiz. A tendência é que a Corte aprove os dados com ressalvas, já que a equipe técnica do TRE encontrou inconsistências em notas fiscais e contratos. Por representarem apenas uma ínfima parte do valor global de gastos, porém, não devem dar dor de cabeça ao novo parlamentar.

    Paralelamente, a equipe do ex-ministro de Bolsonaro também já se movimentou para medir o temperatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde pelo menos três recursos contestam a legalidade de Sergio Moro ter concorrido ao Senado pelo Paraná. Como se sabe, depois de deixar o Podemos, partido a que se filiou para disputar a Presidência, ele migrou para o União e anunciou que concorreria a uma vaga ao Senado por São Paulo, mas teve o novo domicílio eleitoral rejeitado pela Justiça. Paralelamente, também tramita no TSE uma ação de investigação judicial eleitoral movida pelo PL paranaense que contesta até mesmo os gastos da pré-campanha de Moro no Podemos e que, em um cenário extremo e improvável, poderia cassar-lhe o mandato.

    Embora todas essas ações dificilmente produzam resultados concretos contra o futuro mandato de Moro como senador, a simples possibilidade de apresentar sucessivos recursos que, no limite, poderiam derrubá-lo do cargo funciona como uma espada de Dâmocles sobre o ex-juiz, que já começa a vida política com a cabeça a prêmio. Seja na Justiça Eleitoral, seja dentro do própria casa, com o projeto pessoal de Davi Alcolumbre.

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