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A programação de Lula no Rio, que inclui encontro com Martinho da Vila

Ex-presidente irá ao estado no início da próxima semana; em terras fluminenses, ele declara apoio a Marcelo Freixo, mas flerta com outros grupos

Por Caio Sartori Atualizado em 18 fev 2022, 18h33 - Publicado em 18 fev 2022, 18h28
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  • Líder nas pesquisas para a eleição presidencial, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará no Rio de Janeiro no início da próxima semana. Ele desembarca no berço do bolsonarismo em meio a um cenário ainda incerto para a eleição local. O ex-presidente apoia, hoje, Marcelo Freixo (PSB) para governador, mas também flerta com o grupo político do prefeito Eduardo Paes (PSD), que lançou o nome do ex-presidente da OAB Felipe Santa Cruz e tem aliança encaminhada com o PDT, cujo postulante é o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves. 

    A programação do petista no Rio não está totalmente definida, mas alguns encontros já foram fechados. Na segunda-feira, almoçará na casa da deputada federal Benedita da Silva, quadro histórico do PT no estado. Na terça-feira à tarde, visitará o cantor e compositor Martinho da Vila, que esteve ao lado de Chico Buarque na cadeia de Curitiba quando Lula foi preso. Um dos maiores nomes do samba, Martinho é tema do enredo deste ano da Unidos de Vila Isabel. 

    Na classe política, Freixo é um dos que vão se reunir com Lula. Paes, por sua vez, já esteve com ele na semana passada em São Paulo. Outros nomes, como Neves e o pré-candidato ao Senado Alessandro Molon (PSB), também devem conseguir um encontro.

    Em junho do ano passado, pouco depois de retomar seus direitos políticos, Lula passou quatro dias no Rio e cumpriu intensa agenda, que incluiu desde debates com lideranças comunitárias até um almoço com Paes no Palácio da Cidade, além de conversas reservadas com políticos de diferentes matizes ideológicos. 

    Freixo tem recebido acenos públicos de Lula, mas enfrenta obstáculos na política local, como a falta de consenso em torno de seu nome no PT fluminense, que o considera pouco agregador para a campanha do presidenciável no berço do bolsonarismo. Também vem sendo criticado publicamente por Eduardo Paes, que tenta pintá-lo como despreparado para assumir um estado com problemas graves. No próprio PSB, declarações do pré-candidato incomodaram a direção nacional, que o considera mais ligado ao PT do que ao próprio partido.

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