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Barreira da PM em velório de neto de Lula incomoda petistas e familiares

Silêncio prevalece no entorno do Cemitério Jardim das Colinas, em São Bernardo do Campo

Por Ana Weiss, de São Bernardo do Campo
Atualizado em 2 mar 2019, 10h40 - Publicado em 2 mar 2019, 10h07

A Polícia Militar de São Paulo fez um esquema especial de segurança antes da chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao velório do neto Arthur. Ao todo, seis PMs armados estão na capela onde o corpo do menino está sendo velado. Além disso, mais de dez viaturas estão no entorno do local e uma barreira feita na entrada do cemitério causou incômodo à família de Lula.

Entraram seis PM armados na capela onde está sendo velado corpo e chegou caminhão com grades. O deputado estadual Emídio de Souza e Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, conversaram com o comando da Polícia Militar no local pedindo que os agentes sejam menos ostensivos e reclamando de exageros na operação. O comandante da PM afirmou que o combinado é a entrada apenas de familiares e amigos da família.

O clima no velório era de profunda tristeza. Sandro, filho caçula de Lula e pai de Arthur, chorava em uma cadeira ao lado do caixão branco do garoto, sob o qual foram postos um par de chuteiras e uma bola de futebol.

A imprensa está concentrada do lado de fora do cemitério Cemitério Jardim das Colinas, onde prevalece o silêncio, que só foi rompido por uma manifestante solitária que xingou Dilma Rousseff de ‘vagabunda’ em sua chegada — a única reação dos outros presentes foi de constrangimento. A petista, assim como o ex-deputado José Genoino, seguiu direto para o interior do cemitério.

Ao chegar, o deputado federal Rui Falcão disse que a família de Lula está preocupada com sua saúde. “É mais um drama, para um preso político, preso sem crime, preso sem culpa, e agora, antes de completar um ano de prisão, já perdeu sua esposa, perdeu o irmão, do qual não pôde participar do velório, e agora acho que pegaria muito mal proibi-lo”, disse.

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Do lado petista, um pequeno grupo começou a gritar “Lula livre” assim que aumentou a movimentação de policiais antes da chegada do ex-presidente. Os portões só foram abertos ao público às 10h.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou a superintendência da Polícia Federal em Curitiba por volta das 7h deste sábado, 2, rumo a São Bernardo, onde participa do funeral de seu neto Arthur Araújo Lula da Silva, de 7 anos, vítima de meningite meningocócica.

Lula deixou a sede da PF em Curitiba onde cumpre pena, em um helicóptero da corporação. Pouco depois ele embarcou no avião oficial do governo do Paraná no aeroporto Bacacheri, de onde seguiu para Congonhas, em São Paulo. De lá, Lula embarcou em outro helicóptero da PF em direção a São Bernardo.

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A cremação de Arthur está marcada para 12h no cemitério Parque da Colina, onde também foi cremada a avó do garoto, Marisa Letícia, morta em 2017.

Durante a noite de sexta-feira e a madrugada deste sábado parentes, amigos da família e aliados de Lula estiveram no local para prestar solidariedade à família. Entre eles a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, os ex-ministros Alexandre Padilha, Gilberto Carvalho e Paulo Vannuchi, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e o médico Roberto Kallil Filho. De manhã chegaram o deputado estadual Emidio de Souza e o advogado Marco Aurélio Carvalho.

(com Estadão Conteúdo)

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