Advogado de Milton Ribeiro atribui prisão à “guerra eleitoral”
Daniel Bialski diz que não teve acesso ao processo e aos motivos da detenção preventiva do ex-auxiliar de Bolsonaro
O advogado Daniel Bialski, que defende o ex-ministro da Educação e pastor presbiteriano Milton Ribeiro, afirmou nesta quarta-feira, 22, que a prisão dele durante uma investigação que envolve suspeitas de corrupção e tráfico de influência dentro do MEC deve-se à guerra política em torno da disputa eleitoral entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A detenção do ex-ministro foi determinada pelo juiz substituto da 15ª Vara da Justiça Federal em Brasília, Renato Borelli, após a Polícia Federal e a Controladoria-geral da União (CGU) terem apurado a atuação suspeita de pastores evangélicos dentro da pasta.
“O ministro é uma pessoa de bem. Essa eleição vai ser uma guerra de quem é a favor e de quem é contra, e as pessoas vão usar as instituições para deixar isso claro. Atingir o Bolsonaro desse jeito o pessoal do Lula vai adorar. Do outro lado, se o pessoal do Lula for atingido, o pessoal do Bolsonaro vai gostar”, disse Bialski a VEJA.
O advogado afirmou que até a noite desta quarta ainda não tinha tido acesso ao processo e não sabia quais as razões que haviam motivado a prisão de Milton Ribeiro. Os agentes da Polícia Federal chegaram no apartamento do ex-ministro no Bairro do Boqueirão em Santos, às 5 horas da manhã. O ex-auxiliar do presidente Jair Bolsonaro recebeu voz de prisão e foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em São Paulo.