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Afastamento de Aécio acentua divisão interna do PSDB

De acordo com o presidente partido, Tasso Jereissati, houve exageros na decisão do STF e que seria ideal que o próprio Supremo resolvesse o caso

Por Da Redação
Atualizado em 4 out 2017, 11h40 - Publicado em 4 out 2017, 08h53
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  • O afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) foi mais um capítulo na divisão interna do PSDB. O presidente interino do partido, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), adotou discrição no caso, ao voltar ao Senado depois de viagem ao exterior: não discursou no plenário e pregou que a melhor solução era aguardar o pronunciamento da Corte.

    “Há consenso entre juristas de que a decisão do STF foi um exagero. Então o ideal seria que o próprio Supremo resolvesse”, disse Tasso a jornalistas. Segundo auxiliares do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), o tucano tampouco se mobilizou em prol do colega Aécio. A posição contraria Aécio e sua defesa jurídica, que nega agir de forma coordenada com o partido. Nesta terça-feira 3, aliados de Aécio tentavam convencer seus colegas de bancada a enfrentar a decisão do STF e votar no plenário o caso.

    Esvaziamento

    Tasso levou a bancada para uma reunião no seu gabinete, deixando a liderança tucana esvaziada. Não houve consenso. Ao fim, coube ao líder Paulo Bauer (SC), um dos pilares da reação aecista, dizer que o partido era a favor de realizar a votação, embora a posição fosse por maioria e não unânime.

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    Tasso não faz nenhum movimento para enquadrar dissidentes do governo, o que ecoa na Câmara. A insurgência dos “cabeças-pretas”- apelido recebido por políticos mais jovens de um partido – levou a bancada a tentar destituir o relator da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), mineiro como Aécio, um dos principais defensores da manutenção do partido no governo.

    Na votação à noite, o PSDB decidiu pelo não adiamento sobre o afastamento do senador, como queria a defesa. “Sinto que esse foi o último ato de solidariedade”, disse o senador Ricardo Ferraço (ES). Só ele e Eduardo Amorim (SE) votaram contra Aécio.

    (Com Estadão Conteúdo)

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