Alckmin: prisão de Paulo Preto não atrapalha o PSDB nas eleições
'Terá de prestar contas à Justiça', disse o tucano sobre o ex-diretor da Dersa
O pré-candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira que a prisão de Paulo Preto, ex-diretor da Dersa durante governos tucanos em São Paulo, não vai atrapalhar o partido nas eleições “em absolutamente nada”.
“É um funcionário do governo que foi preso, nós inclusive fizemos as apurações e encaminhamos para o Ministério Público, e ele terá de prestar contas à Justiça”, afirmou Alckmin a jornalistas durante o Fórum da Liberdade, em Porto Alegre.
Perguntado sobre a possibilidade de ser atingido por uma eventual delação do ex-diretor da Dersa, o pré-candidato respondeu: “Nenhuma, nenhuma”.
Personagem central nas suspeitas de corrupção do PSDB em São Paulo, Paulo Preto foi preso pela Polícia Federal na última sexta. Ele é acusado pelo Ministério Público de crimes de formação de quadrilha, peculato e inserção de dados falsos em sistema público de informação. O ex-diretor já foi citado por delatores como um possível operador de propinas para o PSDB no estado.
Lula
Sobre a prisão de Lula, Alckmin afirmou que “ninguém está acima da lei”. O tucano ressaltou que o momento “é muito triste”, mas acrescentou que a justiça precisa ser feita. “Na vida pública, todos têm o dever de prestar contas.” O pré-candidato disse ainda que é a favor da prisão após condenação em segunda instância. Para ele, “se a decisão de segunda instância não tiver efeito, os tribunais viram órgãos de passagem”. Ele ainda ressaltou o longo período de tempo transcorrido em recursos, que podem levar à prescrição dos crimes.
(Com Estadão Conteúdo)