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Alckmin rebate Trump e critica ‘maus brasileiros’: ‘o Brasil é ótimo parceiro’

Declarações foram dadas depois de Eduardo Bolsonaro divulgar foto ao lado do secretário dos Tesouro dos EUA, Scott Bessent

Por Juliana Elias Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 ago 2025, 16h08 - Publicado em 16 ago 2025, 15h47

O vice-presidente Geraldo Alckmin voltou a afirmar neste sábado, 16, que as altas tarifas aplicadas pelos Estados Unidos ao Brasil são injustificadas, e também criticou o que chamou de “maus brasileiros” que trabalham contra o país neste momento. Alckmin destacou que o Brasil já isenta de imposto a grande maioria dos produtos que compra dos Estados Unidos e é uma das únicas entre as grandes economias que já é deficitária no comércio com eles, ou seja, já compra mais deles do que o inverso.

As declarações, feitas em uma coletiva a jornalistas durante uma visita a uma concessionária de carros em Brasília, foram dadas depois de Alckmin ser perguntado a respeito do encontro que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou ter tido nos Estados Unidos com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, enquanto o governo brasileiro segue aguardando uma audiência com o responsável de Trump pelas negociações comerciais. As falas também acontecem depois de o presidente americano ter dito em uma coletiva durante a semana que o “Brasil é um péssimo parceiro comercial”.

“Primeiro, gostaria de lamentar que maus brasileiros trabalhem contra o interesse brasileiro”, disse Alckmin. “E de maneira injusta. Porque, em relação à tarifa, 74% do que os Estados Unidos vendem para o Brasil não tem imposto, é zero imposto, e a média tarifária é 2,7%. Não tem parceiro melhor, o Brasil é um parceiro bom.”

Na sexta-feira, Eduardo Bolsonaro fez uma publicação em sua conta no X em que divulgou uma foto ao lado de Bessent e afirmou ter tido “uma excelente reunião com o secretário do Tesouro (dos Estados Unidos)” na última quarta-feira, 13 de agosto. A data é a mesma para quando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a ter uma conversa agendada com Bessent para negociar as condições de tarifas aplicadas ao Brasil – mas que, de acordo com o próprio ministro, foi desmarcada pelo governo americano poucos dias antes e segue pendente.

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Em sua fala nesta sábado, Alckmin reforçou que, do G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo, o Brasil é um dos únicos três países, ao lado do Reino Unido e Austrália, com quem os Estados Unidos já tem a balança comercial positiva para o seu lado. “Não tem nenhuma justificativa [para a tarifa]”, disse.

O vice-presidente, que também é ministro do Desenvolvimento, Comércio e Indústria e tem liderados as negociações ligadas às tarifas, também afirmou que o governo brasileiro segue trabalhando para “continuar o diálogo e as negociações” com os Estados Unidos.

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Alckmin destacou, ainda, os benefícios que virão às empresas atingidas pelas tarifas com as medidas de socorro que foram apresentadas nesta semana, e disse que conta com o apoio do Congresso para que tenham seus efeitos acelerados. O pacote de ajuda, que reúne programas de crédito e alívio tributário, foi feito por medida provisória, o que significa que já está em vigor, mas depende de aprovação do Congresso em até 120 dias para que não perca a validade.

As medidas também dependem de aprovação do Projeto de Lei Complementar enviado junto. Ele pede que o custo adicional de 9,5 bilhões de reais em que implicará o pacote seja retirado da conta das metas fiscais deste ano, o que depende de aprovação dos parlamentares.

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