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Alckmin reconhece que tucanos estão rachados sobre Temer

Para o governador, partido está dividido entre os que querem manter ministros no governo e os que defendem desembarque; decisão só deverá sair em agosto

Por Da Redação Atualizado em 4 jun 2024, 19h06 - Publicado em 14 jul 2017, 16h42

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato à Presidência da República em 2018, reconheceu nesta sexta-feira que há um racha dentro do partido entre os que defendem a permanência no governo do presidente Michel Temer (PMDB) e os que pregam o desembarque, com a saída de ministros. “Há que se reconhecer isso [a divisão]. Há os que querem ministros no governo e os que pensam diferente”, disse o tucano.

O PSDB tem quatro ministros no governo: Antonio Imbassahy (Governo), Bruno Araújo (Cidades), Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Luislinda Valois (Direitos Humanos). Desde o início da crise, o partido fez várias reuniões para definir se fica ou se deixa o governo, mas nenhuma foi conclusiva. A última foi na segunda-feira em São Paulo e teve a presença de Alckmin, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador Aécio Neves, o presidente interino do partido, Tasso Jereissati, e o prefeito de São Paulo, João Doria – como nos outros encontros, a legenda adiou uma decisão.

Alckmin disse nesta sexta-feira que é necessário buscar uma convergência, mas que a decisão final deve ser tomada apenas durante a reunião da Executiva Nacional do PSDB, prevista para agosto. “Eu sempre defendi que não deveríamos sair antes da conclusão das reformas” afirmou, quando questionado sobre sua posição pessoal. “A reforma trabalhista está concluída, a reforma da Previdência é o próximo desafio, não é fácil porque é PEC [proposta de emenda constitucional, precisa do apoio de 2/3 do Congresso], e a reforma política, que se passar de setembro não existe mais, porque você tem o princípio da anualidade [para valer nas próximas eleições].”

Lula

O governador comentou ainda a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na terça-feira, pelo juiz Sergio Moro por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Para ele, a decisão é uma prova de maturidade do Brasil. “Acho que isso mostra que as instituições são maiores que qualquer pessoa”, afirmou.

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