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Aliado de Bolsonaro defende usar imagens de atentado na campanha

Senador Magno Malta diz que 'limão virou limonada' e que 'o dia que tiver uma imagem melhor, vamos usar'. Filho afirma que família não discutiu assunto

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 set 2018, 10h37 - Publicado em 8 set 2018, 14h08

O senador Magno Malta (PR-ES), um dos principais aliados do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), defendeu neste sábado, 8, que a campanha do candidato à Presidência utilize imagens da facada sofrida por ele em Juiz de Fora (MG) na última quinta-feira, 6.

“É a única imagem dele que tem, o dia que tiver uma melhor a gente vai usar, mas a única que tem é essa”, disse Malta a jornalistas na entrada do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, em cuja Unidade de Tratamento Intensivo Bolsonaro está internado desde a manhã de ontem.

O senador ainda ironizou a imprensa ao afirmar que “vocês estão fazendo a campanha dele”. “Não era 6 segundos[de propaganda na tv]? Agora é 24 horas”, declarou o parlamentar sobre a cobertura jornalística do atentado a Jair Bolsonaro.

Questionado sobre se, sob essa ótica, a facada acabou sendo positiva à campanha de Bolsonaro, Magno Malta respondeu que “claro que não”, mas fez uma ressalva: “aquilo que achavam que ia converter em um mal para destruir a vida dele, esse limão acabou virando uma limonada”.

Indagado sobre aliados de Bolsonaro que rechaçam utilizar as imagens do atentado na campanha, Malta disse que “tem mais gente que acha isso bom”.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidenciável, também foi questionado por jornalistas sobre o uso político da agressão e declarou que a família ainda não discutiu o assunto. “As fotos estão na internet”, afirmou.

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Respondendo a respeito de o candidato não fazer mais campanha nas ruas até o fim da eleição, Eduardo avalia que a tendência é que Jair Bolsonaro priorize a comunicação na internet.

Eduardo Bolsonaro disse ainda que a família e aliados de Bolsonaro estão com “uma pulga atrás da orelha” sobre se Adelio Bispo de Oliveira, o homem que esfaqueou o presidenciável, agiu sozinho e sobre a alegada insanidade mental do agressor.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou ontem que outras duas pessoas são investigadas. Adelio foi transferido neste sábado ao presídio federal de Campo Grande (MS).

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“Após ser pego vai querer passar imagem de maluco para tentar se dizer inimputável, para fugir de uma pena. O que nos deixa mais com a pulga atrás da orelha é como é que pode uma pessoa que se diz desempregada viajando a Santa Catarina, Minas Gerais, com quatro advogados de prontidão para defendê-lo logo após o que ocorreu. Eu acho muito difícil que se trate de uma pessoa sozinha, um lobo solitário”, declarou Eduardo.

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