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Aliados de Temer cogitam aliança com Alckmin em 2018

Ascensão de governador de São Paulo como candidato único nas eleições do PSDB tirou da pauta imediata decisão sobre desembarque da base aliada

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 18h10 - Publicado em 28 nov 2017, 10h40

Convertido a candidato único à presidência do PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, terá que lidar com o grande impasse entre tucanos nos últimos meses: se o partido deve ou não deixar a base aliada do governo do presidente Michel Temer (PMDB). Aliados desde o impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016, os dois partidos entraram em rota de colisão após a divulgação das delações do grupo JBS, em maio deste ano, o que fez com que parte dos tucanos passasse a defender o rompimento com Temer.

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, aliados do presidente veem a possibilidade de uma aliança com Alckmin, cada vez mais convertido em candidato tucano ao Planalto nas eleições de 2018. Imaginam que o governador de São Paulo não vá “queimar pontes” com Temer e o PMDB neste momento, em que busca apoios para alavancar seu nome para a disputa do ano que vem.

O futuro do PSDB na base aliada era a principal questão das eleições presidenciais do partido, previstas para o próximo dia 9. O Planalto esperava a vitória do governador de Goiás, Marconi Perillo, do grupo que trabalhava com a permanência no governo e se prepara para reagir caso o senador Tasso Jereissati (CE), defensor do rompimento, fosse o vencedor. Com a desistência de ambos e o fortalecimento de Alckmin, não há mais caminho óbvio para o partido sob o novo comando e a postura do governador durante a sua ascensão ao cargo tende a ser decisiva para o estabelecimento de pontes para 2018.

A falta de um candidato natural no PMDB, com a baixa popularidade do presidente Michel Temer, favorece uma possível aliança, mas há entre partidos mais fiéis ao governo outros nomes. É o caso do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), que afirmou, em entrevista ao redator-chefe de VEJA Mauricio Lima no evento Amarelas Ao Vivo, que até março decidirá se sai candidato à sucessão de Temer.

Na prática, a maior parte do PSDB está com o governo na pauta principal do peemedebista, a reforma da Previdência. A principal dúvida está na presença da legenda em cargos do primeiro escalão, hoje em três ministérios – eram quatro, até o deputado Bruno Araújo (PE) decidir abandonar a pasta das Cidades recentemente, por causa da divisão no partido.

Chefe da articulação política, Antonio Imbassahy (BA) vem sendo pressionado para deixar o cargo e quase foi substituído recentemente por Carlos Marun (PMDB-MS), mas acabou mantido. Os outros dois ministros tucanos são Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Luislinda Valois (Direitos Humanos).

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