Na avaliação do governador Claudio Castro (PL), o debate VEJA, transmitido pelo SBT neste sábado, não muda muito o cenário eleitoral. Castro prevê que o impacto nas intenções de voto será pequeno, uma vez que que acredita ter respondido bem os ataques de seus adversários. “Fica tudo como está”, disse ao final do encontro.
O governador foi muito questionado pelo fato de cinco dos ex-secretários da gestão Witzel-Castro terem sido presos, por suspeita de corrupção; pelas recentes denúncias do surgimento de um esquema de contratação de funcionários fantasmas que está sob investigação do Ministério Público e por novas acusações, ainda não comprovadas, de um delator que o acusa do recebimento do propinas.
Os adversários tentaram colar no atual ocupante do Palácio Guanabara a ideia de que ele pode vir a ser preso por uma dessas acusações, assim como ocorreu com todos os seu antecessores, desde Sérgio Cabral. Castro estava esperando se tornar o alvo preferencial do debate e considera normal esse tipo de dinâmica uma vez que a estratégia já teria sido tentada anteriormente em outras eleições. “Fizeram o mesmo com o Crivella”, afirmou. O ex-prefeito do Rio é investigado e chegou a ter a casa visitada pela Polícia, após deixar o cargo.
Nas próximas semanas, a campanha deve avaliar se sobe o ou não o tom para rebater os ataques. A avaliação é que o governador tem aberto boa vantagem nas pesquisas eleitorais e não pode se precipitar. Será preciso avaliar o impacto do debate no eleitorado e verificar se a previsão de que tudo continua como está, realmente se confirma.