Ataque não muda disposição em liberar armas, afirma Onyx Lorenzoni
O futuro ministro disse que 'o presidente pretende respeitar a vontade expressa pela maioria da população naquele momento, o direito à legítima defesa'
O ministro extraordinário da Transição e o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), afirmou na terça-feira 11 que o tiroteio que terminou com cinco pessoas mortas na Catedral Metropolitana de Campinas (SP) não vai mudar a disposição do futuro governo em liberar a posse de armas de fogo no país. “São coisas completamente diferentes”, disse.
Para ele, os governos do PT, com o auxílio do MDB, desrespeitaram a vontade da população que votou contra o desarmamento no referendo sobre o tema em 2005. “O presidente [Jair Bolsonaro] pretende respeitar a vontade expressa pela maioria da população naquele momento, o direito à legítima defesa. Vamos respeitar isso dentro da lei”, completou.
O tiroteio na Catedral Metropolitana de Campinas (SP), no início da tarde de terça-feira 11, deixou cinco mortos, entre os quais o atirador, Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, e quatro feridos, de acordo com informações da Secretaria de Segurança de Campinas. O atirador estava dentro da Catedral após o fim de uma missa que havia começado às 12h15, abriu fogo com uma pistola e um revólver calibre 38 e cometeu suicídio em frente ao altar.
Bancadas
O ministro disse que a equipe de transição pretende conversar com partidos da oposição na série de encontros com as bancadas da Câmara e do Senado. “Tem algumas áreas que vamos ter que enfrentar de transformações do Brasil no próximo ano que terão que ser fruto de um grande pacto nacional”, disse.
Onyx afirmou que ainda é cedo para saber quantos deputados o futuro governo terá em sua base de apoio, mas contou que nesta quarta-feira, 12, a equipe de transição já terá conversado com cerca de 310 parlamentares.
(Com Estadão Conteúdo)