Chegou a Campo Grande (MS) pouco depois das 13h deste sábado (8) o avião da Polícia Federal que partiu pela manhã de Juiz de Fora (MG) com Adelio Bispo de Oliveira que, na última quinta-feira (6), deu uma facada no candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro.
Adelio, que confessou à polícia ser o autor do atentado, passou por exames de corpo de delito e, em seguida se dirigiu para o presídio federal de Campo Grande, onde ficará em uma cela de 7 metros quadrados. A transferência foi determinada pela Justiça Federal durante a audiência de custódia, na tarde de ontem (7).
A juíza federal Patrícia Alencar Teixeira de Carvalho, da 2ª Vara de Juiz de Fora, converteu a prisão em flagrante para prisão preventiva, sem prazo determinado. Nos primeiros 20 dias, o agressor terá direito apenas a visita de advogados.
O advogado Zanone Manoel de Oliveira Júnior, que defende Adelio, informou que a defesa concordou com a transferência dele para um presídio federal, a fim de garantir sua integridade.
O advogado também disse concordar com o indiciamento de seu cliente pelo Artigo 20 da Lei de Segurança Nacional, que fala em “praticar atentado pessoal ou atos de terrorismo, por inconformismo político”.
Bolsonaro foi esfaqueado no abdômen em um ato de campanha em Juiz de Fora na tarde de quinta-feira 6. O candidato foi transferido para o hospital Albert Einstein, em São Paulo, na manhã de ontem. Segundo boletim médico divulgado neste sábado, o candidato tem “boas condições clínicas”.
O presidenciável se mantém em “consciente e em boas condições clínicas”, mesmo quadro informado ontem, e não tem sinais de infecção, possibilidade que preocupava os médicos por ter havido vazamento de massa fecal na cavidade abdominal dele.
“Os exames de imagem e laboratoriais realizados durante a avaliação médica mostram resultados estáveis. Encontra-se em boas condicões cardiovascular e pulmonar, sem febre ou outros sinais de infecção. Mantem jejum oral, recebendo nutrientes por via endovenosa”, informa o boletim, assinado pelo cirurgião Antonio Luiz Macedo, o clínico e cardiologista Leandro Echenique e o superintendente do hospital, Miguel Cendorogio.