Bolsonaro anuncia criação do 13º salário do Bolsa Família
Pagamento extra será feito em dezembro já a partir de 2019. Segundo o presidente, dinheiro virá do combate a fraudes e repasses indevidos do programa
O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quinta-feira, 11, por meio de sua conta no Twitter, a criação do pagamento de 13º salário às 13,9 milhões de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família. Promessa de campanha de Bolsonaro e uma das prioridades entre as metas para os 100 primeiros dias do governo, a medida valerá já a partir de 2019.
Segundo o presidente, os recursos para custear o pagamento extra pelo Ministério da Cidadania virão do combate a fraudes e repasses indevidos do programa social.
O Bolsa Família atende às famílias com crianças ou adolescentes de 0 a 17 anos que vivam em situação de pobreza e de extrema pobreza, isto é, com renda per capita de até 89 reais mensais e entre 89,01 reais e 178 reais mensais. De acordo com a pasta da Cidadania, ocupada pelo ministro Osmar Terra, o 13º do Bolsa Família será pago em dezembro para todos os beneficiários, seguindo o calendário regular de repasses do programa.
Discurso
Embora seja visto como trunfo do presidente para diminuir sua rejeição entre a população mais pobre, o lançamento do 13º salário do Bolsa Família não foi citado por Bolsonaro em seu discurso na breve solenidade pelos 100 dias de governo, no Palácio do Planalto, na manhã de hoje.
A medida só foi lembrada pelo porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, entre as 35 metas prioritárias para a data cumpridas pelo governo. Rêgo Barros citou ainda a extinção de 21.000 cargos e funções gratificadas, o pacote anticrime enviado ao Congresso e concessões e leilões no setor de infraestrutura.
Em uma fala de apenas cinco minutos, depois do balanço feito por Rêgo Barros, o presidente ecoou a retórica de sua campanha e declarou que trabalha “com foco na valorização da família, nos valores cristãos e numa educação de qualidade sem viés ideológico”. Ele também se limitou a abordar a importância da reforma da Previdência “no equilíbrio das contas públicas e nos futuros investimentos” e destacou as viagens e parcerias com “grandes nações” e citou Estados Unidos, Chile e Israel.