Bolsonaro critica Alckmin, elogia militares e fala em extinguir estatais
Deputado oficializou candidatura à Presidência da República neste domingo em convenção do PSL
Às 12h45 deste domingo, Jair Bolsonaro foi oficialmente confirmado — por aclamação — como o candidato do Partido Social Liberal (PSL) à Presidência. O evento, contudo, não anunciou quem será o vice da chapa. Em seguida, foi chamado para discursar. Ao se levantar, fez o sinal da cruz, complemento às lágrimas que correram no início do evento, enquanto tocava o hino nacional.
Em seu discurso, voltou a atacar o Partido dos Trabalhadores (PT), chamando o grupo de facção, e fez críticas à Geraldo Alckmin (PSDB). “Eu queria agradecer ao Geraldo Alckmin por ter juntado a nata do que há de pior do Brasil ao seu lado.” Até a semana passada, entretanto, Bolsonaro mantinha negociações com o PR, partido comandado pelo mensaleiro Valdemar Costa Neto e que acabou optando pelo apoio a Alckmin. Após as críticas às articulações do candidato do PSDB, ele alegou que tem o apoio de 40% dos deputados do centrão.
Com um discurso marcado por citações religiosas, como “Deus não chama os capacitados, capacita os escolhidos”, Bolsonaro fez diversas promessas reforçando sua agenda liberal. Desde pontos aparentemente simplórios, como revogar a lei da palmada, até extinguir estatais. “Vamos, sim, mais que privatizar, quem sabe até extinguir a maioria das estatais”. Prometeu, contudo, preservar as estratégicas.
Ele também prometeu revogar a Emenda Constitucional 81, que permite a desapropriação de terras onde haja trabalho escravo. Bolsonaro acredita que a norma fere o princípio da propriedade privada e leva em conta critérios subjetivos sobre o que é trabalho escravo.
Sob aplausos, afirmou que irá valorizar os militares. “Vocês serão reconhecidos no meu governo. Vocês são o último obstáculo para o socialismo, disse.