Bolsonaro desfila em carro oficial com primeira-dama e crianças
Autoridades da República como os presidentes do STF, Luiz Fux, e do Senado, Rodrigo Pacheco, optaram por não participar do desfile cívico-militar
Com a faixa presidencial e ao lado da primeira-dama Michelle, o presidente da República desfila em carro aberto na manhã desta quarta-feira por ocasião do bicentenário da Independência. Ao lado de crianças, entre as quais uma filha do senador Flávio Bolsonaro, Jair Bolsonaro deixou o Palácio da Alvorada pouco depois das 8h30 rumo à região da Esplanada dos Ministérios de onde acompanhará o desfile cívico-militar, em Brasília. Momentos antes Bolsonaro e Michelle fizeram uma oração, transmitida pelas redes sociais de aliados.
A exemplo do que já ocorreu em 2021, auge do esgarçamento das relações entre o mandatário e o Poder Judiciário, autoridades da República optaram por não participar, ao lado de Bolsonaro, das celebrações do feriado. Entre as ausências, os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux , do Senado Rodrigo Pacheco e da Câmara Arthur Lira.
Bolsonaristas utilizam o feriado como um termômetro para que o presidente demonstre força eleitoral na reta final da corrida ao Planalto. “Comemoramos 200 anos, o Brasil de verde e amarelo, demonstrando sua força na rua”, disse a VEJA o candidato a vice na chapa à reeleição Walter Braga Netto. Escanteado da chapa à reeleição, o atual vice-presidente Hamilton Mourão contemporizou o fato de não mais integrar o projeto presidencial. “É o presente e o futuro”, afirmou.
No púlpito reservado ao primeiro escalão da República devem acompanhar o presidente os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-geral), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Fabio Faria (Comunicações), além do filho Flávio e do primo da família Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Leo Índio, o ex-ministro Fabio Wajngarten e o empresário Luciano Hang. Este último foi alvo recente de buscas por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes após integrar um grupo privado de WhatsApp que propagava ideias favoráveis a um golpe militar.